Teus cabelos anoitecidos sobre o lençol calmo da cama, tua boca desnudada esperando pelo beijo, enquanto os teus olhos aflitos insistiam no pulsar da alma, a emoção que o corpo queixava-se em brasas a me chamar.
Era noite madrugada, a luz do abaju iluminava e eu não cansava, e eu te queria, e tu me consumias quantas vezes eu te procurava.
Os sonhos dublavam a poesia.
A música da valsa das horas reaproximava nossos corpos. Enquanto as nossas cabeças não pensavam, nos formavamos em suor e gemidos de prazer doidos e insanos.
Assim foi toda aquela noite de carnaval.
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