O jogo se chama: KENLEOKÊ.
Mas as pessoas passam ao largo,
fingem-se de distraídas,
furtivamente adeptas
do processo de sentimentalização
do vazio que contamina
cada uma de nossas esquinas
(existe a cidade,
existem as ruas,
existem as esquinas,
mas os moradores entendem
que certas palavras,
melhor mantê-los no singular).
E a cidade é povoada
de monumentos estranhos
dedicados a uma deusa míope:
a Autocomplacência.
O pior cego é aquele
que só quer ser visto. |