Um homem mendigava uns trocados na praça, quando de repente, um traseunte, ao invés dos trocados, lhe deu uma carta e seguiu.
O pobre andrajo, por sua curiosidade resolveu, então, abri-la. Como não sabia lêr pediu para o jornaleiro que na hora ia passando,fazê-lo.
A carta era um convite de um senhor muito rico, que compadecido com a situação do mendigo, resolveu ajudá-lo, sem perder tempo, o mendigo, foi correndo
E diante do Senhor, o mendigo agradeceu muito e o serviu durante um tempo.
No meio de tanta prosperidade o mendigo, estudou e tornou-se doutor. Nomeado pelo senhor, gerente dos negócios de família no interior. O mendigo, que agora era doutor seguiu o seu destino ao vilarejo. E lá envolvido em política, tornou-se o prefeito. Todos festejaram, inclusive ele recebeu do senhor uma carta, a qual ignorou.
Recebendo o cargo o homem mudou...
Começou a tratar mal os seus funcionários, o povo e muito dinheiro ele desviou.
Já não recebia ninguém em seu gabinete e arrogante começou a ignorar os amigos.
Já nem lembrava de quem o ajudou, quando outra carta chegou,ele não quis saber.Embolou-a e no lixo jogou.
Quando a sua fama chegou na capital, entrando pelos jornais, na casa do Senhor, que lamentando diante da janela, disse aos seus amigos:
- É verdade, só se conhece um homem, quando em suas mãos estão as pedras da aldeia!
E dizendo isso, virou-se pro tempo que a noite, naquela tarde desenhava. E ninguém contestou.
Dias se passaram e quem recebeu uma carta foi o senhor. E ele humildemente, a abriu e lendo-a certificou-se que era do doutor, pedindo ajuda e se desculpando por toda aquela consternação.
O Senhor pessoalmente foi ao local levar-lhes uma nova carta, pois que o doutor era preso incomuncável. Ele até tentou usar a sua influiência, mas no meio de tantos fotografos, reporteres e um aglomerado de pessoas hostis ficou impossível.
Identidficado,foi recebido com uma chuva de pedras, e dado a violência da manifestação, culminou num desfecho triste. Uma das pedras acertou a fonte do senhor, ocasionando-lhe a morte
O mendigo, doutor, ex-prefeito, foi encarcerado sem ser avisado da morte do seu mentor, apenas recebeu aquela que seria a última carta que dizia:
Ontem você foi um mendigo;
Agora és doutor. Deves a Deus não a mim.
Bem como deves a ti as barras da prisão.
Eu sou o mendigo, eu sou o teu amigo,pois você se lançou vôraz sobre as coisas. Lamento não ter podido te dizer que o poder, serve ao homem. E o homem tem que conservar o coração justo e puro diante desse sistema.
Em outras cartas tentei te avisar, mas não sei o que houve...
Meu amigo você, com suas próprias mãos traçou o seu destino e hoje, não posso te ajudar.
Adeus!... |
