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Artigos-->Índios made in Paraguai -- 12/03/2007 - 17:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Índios made in Paraguai



Félix Maier



Todo mundo sabe que o Brasil contrabandeia muitos produtos piratas do Paraguai. O que eu não sabia é que também contrabandeamos índios...



Baseado em um estudo publicado em 1991 pela antropóloga Maria Inês Ladeira, em que defende que alguns índios carijós – subgrupo dos guaranis - teriam saído de Santa Catarina e se refugiado no Paraguai, onde adotaram o nome de embiás, a Fundação Nacional do Índio (Funai) pretende transformar o parque ecológico estadual Serra do Tabuleiro, próximo a Florianópolis, SC, em um área indígena. Incentivados por antropólogos inescrupulosos, dezenas de embiás paraguaios (e alguns argentinos) se sentiram no direito de invadir o parque, instalando-se no Morro dos Cavalos, um local inóspito, imprestável para moradia e para a agricultura.



A área fica às margens da BR-101. Para que os índios não sejam perturbados em fazer suas sestas na rede, 24 horas por dia, a Funai determinou que o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) construa túneis sob o Morro dos Cavalos, ao custo de R$ 150 milhões. Pagos pelos nossos impostos, para os hermanos paraguaios e argentinos usufruírem.



O caso foi parar na Justiça e o promotor José Eduardo Cardoso é enfático quando diz: “Os carijós tinham características físicas e culturais distintas da dos embiás e estão extintos” (Cfr. Revista Veja, 14/3/2007, pg. 57, in “Made in Paraguai”).



Maria Inês, a antropóloga de araque, baseou sua tese no depoimento de uma única família que afirmou ter vindo do Paraguai na década de 1960. A mentira é veementemente refutada por um morador da região, Manoel João de Souza: “Acho que eles eram invisíveis. Estou aqui há 87 anos e só vi o primeiro índio nos anos 90” (pg. 57).



Os próprios embiás, alimentados atualmente pelo Bolsa Família, sem querer, desmentem a versão apresentada pela antropóloga de mentirinha, que tem o dom sobrenatural de ver índios invisíveis. O paraguaio Augusto Karai Tataendy entrega a rapadura: “Os antropólogos nos incentivaram a vir para cá, dizendo que a terra era nossa” (pg. 57-58).



“Nos últimos vinte anos, a Funai se converteu numa indústria de reservas. O número de áreas demarcadas saltou de 210 para 611. As aberrações na delimitação de terras para índios são corriqueiras. No Espírito Santo, a fundação classificou moradores de Aracruz de tupiniquins, uma etnia extinta há um século. Para tal, desconsiderou um relatório elaborado por funcionários seus em 1982 que apontava sinais de fraude nesse processo. O documento mostrava como os tais tupiniquins foram inventados por um jornalista e por missionários católicos: ‘Habitantes da região foram pagos para colocar enfeites de pena na cabeça, usar anzóis adornados à moda indígena e afirmar que moravam em aldeias’, registra o relatório. Em outro caso grotesco, a Funai tentou decuplicar uma reserva caiabi do Centro-Oeste do país. A Justiça bloqueou a ampliação porque o presidente da Funai, Mércio Gomes, incitou os índios a invadir a região” (pg. 58).



Enquanto a Funai acolhe índios piratas, de outros países, oferecendo-lhes Bolsa Família, esquece-se de amparar os seus próprios índios, a exemplo dos caiovás e nhandevas de Mato Grosso do Sul, cuja comunidade de 30.000 habitantes vive confinada em uma área de 40.000 hectares. Desde 2005, 47 crianças caiovás já morreram de desnutrição, 6 somente neste ano. A degradação daquelas comunidades sul-matogrossenses é tanta, com índios alcoólatras e prostituição, que, em média, há 60 casos de suicídio por ano. O sociólogo Carlos Siqueira, que chefiou o setor de indigenismo da Funai entre 1997 e 1998, afirma que a instituição precisa sofrer uma intervenção: “A Funai está sendo regida pelos interesses dos antropólogos e das ONGs, e não pelos dos índios” (pg. 58).



Hoje, ONGs e antropólogos e sociólogos apátridas estão loteando a Amazônia e tudo o mais que vier pela frente. O caso mais escabroso conhecido foi a criação da Reserva Ianomâmi, feita durante o malfadado governo Collor de Mello. Até poucos anos atrás, não existiam índios ianomâmis. Eles foram criados pelas malditas ONGs e receberam um país do tamanho de Portugal! (*)



Até quando irá perdurar a safadeza desses canalhas?





(*) O livro "A Farsa Ianomâmi", do coronel Menna Barreto, que trata do embuste citado, foi editado pela Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1996.









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