O super computador que venceu Kasparov tornou-se um trambolho quase inútil, depois da consagradora partida de xadrez. Qual não foi minha surpresa quando, há uns três meses fui convidado por um amigo americano, para assistir a uma demonstração com este mesmo super computador. A idéia era demonstrar que a máquina poderia ser utilizada por companhias que precisavam administrar gigantescas massas de informações. Para isso - dizia o apresentador - haviam alimentado a super máquina com vários terabites de informações sobre todo o conhecimento humano acumulado, inclusive com os dados pessoais de algumas centenas de voluntários.
- Esta máquina – disse o apresentador e um dos criadores do monstrengo – pode responder qualquer pergunta, sobre qualquer assunto. Alguém quer tentar?
Um dos voluntários cujos dados estavam no computador, disse:
- Ok! Peça para a máquina me dizer onde se encontra o meu pai nesse momento!
Depois de ter perguntado o nome do voluntário, o cientista o digitou na máquina. Esta cruzou zilhões informações, pesquisou todos os bancos de dados a ele conectados, inclusive o das companhias aéreas e respondeu.
- Seu pai encontra-se nesse momento no vôo United Airlines no. 334 - Springfield-Los Ângeles.
- Errado! Respondeu o homem. Meu pai morreu há vinte anos!
O cientista então apertou outro botão, e a máquina tornou a falar:
- Errado! Quem morreu há vinte anos, quatro meses, 06 horas e 35 minutos, foi o marido de sua mãe!