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Artigos-->COMO SE FORMOU A RESSURREIÇÃO DE JESUS -- 15/01/2007 - 13:27 (ANTICRISTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Alguns mestres cristãos, após séculos de elaboração de argumentos e tentativas de harmonizar as contradições dos evangelhos, tentam convencer o mundo de que é impossível ser falsa a história de Jesus. O que nunca perceberam é que esses relatos foram feitos muito tempo depois dos dias em que Jesus pode ter vivido. A própria bíblia nos mostra que a ressurreição é uma crença incorporada pelos judeus na Babilônia e serviu para dar origem ao cristianismo após a morte de um dos líderes de movimento libertário.



"Alguns afirmam que as testemunhas da ressurreição de Cristo teriam sofrido alucinações ou histeria coletiva. Isso é possível? Em um ponto, virtualmente todos os eruditos de qualquer linha concordam: os primeiros discípulos estavam realmente convencidos de terem visto o Cristo ressureto.[ Michael Grant, Jesus: An Historian"s Review of the Gospels (Scribner"s, 1977), p. 176. ]



A mensagem evangélica cristã sobre a morte e ressurreição de Cristo é central em praticamente todos documentos do Novo Testamento. Então, a questão real é: como conhecer as causas da óbvia convicção dos discípulos? Por acaso eles teriam sofrido alucinações?

Mesmo que isso soe plausível a princípio, muitos fatores contradizem essa teoria. [Peter Kreeft and Ronald Tacelli, Handbook of Christian Apologetics (Downer"s Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1994), p. 186f.]



Citando alguns:

1. O grande número de testemunhas (centenas) (1 Coríntios, 15:5-8)...

2. Cobrindo todo um espectro de personalidades e temperamentos (p. ex., João 20 -- Pedro, Tomé, as duas Marias, etc. ). Isso contradiz a teoria das alucinações, que por definição, não são experiências compartilhadas.

3. Não há tal coisa como um visão aparecendo para toda uma multidão. Geralmente são recebidas por somente uma pessoa de cada vez e essa pessoa deve estar esperando a mesma e também estar em um estado emocional ampliado. Como a Bíblia mostra, nenhum dos seguidores de Jesus esperava que ele ressucitasse. Lucas disse que, quando Jesus apareceu para os discípulos, "eles ficaram apavorados e terrificados, e pensaram ter visto um espírito" (Lucas 24:37).

4. Uma confusão de identidades não pode ser levada em conta como uma explicação também. Certamente os discípulos teriam reconhecido uma pessoa com a qual tinham convivido por mais de três anos diariamente.

5. A mudança substancial, permanente e positiva ocorrida na vida de muitos dos que se converteram lança por terra qualquer teoria de alucinação. O erudito judeu Dr. Pinchas Lipide, escreveu:

"...esse bando de amedrontados apóstolos subitamente se tornou um sociedade missionária cheia de confiança ... nenhuma visão ou alucinação é suficiente para explicar tal transformação revolucionária." (Pinchas Lipide, The Resurrection of Jesus: A Jewish Perspective (Fortress Press, 1988), p. 125.)

Embora Lipide seja um rabino ortodoxo que não aceita Jesus como o Messias, ainda assim ele se rende à evidência inescapável de que Jesus ressucitou dos mortos".

(http://www.christiananswers.net/portuguese/q-eden/edn-t014p.html )



É certo que "a morte e ressurreição de Cristo é central em praticamente todos documentos do Novo Testamento, como não poderia deixar de ser. O que os cristãos atuais não percebem é que essa idéia de que de Jesus ressuscitou só apareceu bastante tempo depois dos dias de sua morte.



Em primeiro lugar, vale lembrar que durante muitos anos nenhum historiador da época chegou a falar da existência de um grupo que afirmasse que seu líder tivesse ressuscitado. Isso nos indica que essa ressurreição é uma idéia que se desenvolveu gradativamente. Os relatos extremamente contraditórios da ressurreição de Jesus nos mostra que os evangelistas, ao escrever décadas depois da morte desse líder judeu, pegaram idéias copiadas de textos hebraicos que nada tinham a ver com o fato misturadas com mitos greco-romanos para formar a pessoa divina de Jesus.



A RESSURREIÇÃO SEGUNDO MARCOS



“Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?

Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida; e entrando no sepulcro, viram um moço sentado à direita, vestido de alvo manto; e ficaram atemorizadas.

Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram” (Marcos, 16: 1-5).





A RRESSURREIÇÃO SEGUNDO JOÃO



“No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.

Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se viu os panos de linho ali deixados, todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e que o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e creu. Porque ainda não entendiam a escritura, que era necessário que ele ressurgisse dentre os mortos.

Tornaram, pois, os discípulos para casa. Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus.

Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre” (João, 20: 1-16).



A RESSURREIÇÃO SEGUNDO LUCAS

“Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor Jesus.

E, estando elas perplexas a esse respeito, eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes; e ficando elas atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja.

Lembraram-se, então, das suas palavras; e, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago; também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito. (Lucas, 24: 1-10).



QUEM TERIA DITO A VERDADE?



Quem foi ao sepulcro? Maria Madalena sozinha? (João, 20: 1)

Ou ela e Maria mãe de Tiago (Marcos, 16: 1)? Ou elas e Joana (Lucas, 24: 10)?



Maria Chegou, ou Marias chegaram ao sepulcro ao levantar o sol (Marcos, 16: 1), ou

de madrugada, sendo ainda escuro (João, 20: 1).



Quantos anjos ela ou elas encontraram? Um (Marcos, 16: 5),

ou dois (Lucas, 24: 4)?



Elas foram informadas da ressurreição ao chegar ao sepulcro (Marcos, 16: 6),

ou só depois que vieram Pedro e outro discípulo (João, 20: 1-14)?



Jesus não estava mais no local (Lucas, 24: 6),

ou estava lá (João, 20: 14)?



Os discípulos creram na ressurreição ao ver os lençóis sem o corpo no sepulcro (João, 20: 6-a8),

ou receberam as informações das mulheres e ainda não creram (Lucas, 24: 10, 11)?



Se um evangelista disse a verdade, outros dois deram algumas informações falsas.

Se dois não disseram a verdade, não se pode garantir que um tenha dito.

E esse monte de contradições ocorreu entre apenas três dos quatro evangelhos escolhidos.

Agora imagine se fôssemos reunir todos os evangelhos, que são próximo de cem!

Não precisamos de maior evidência para entender que essa ressurreição não é mais real do que os contos sobre os deuses dos gregos, romanos, fenícios ou outros. Vários deuses desses povos teriam sido mortos e ressuscitados e teriam feitos os milagres atribuídos a Jesus, tendo até os mesmos títulos de Jesus. Outrossim, vários milagres de Jesus são cópias de milagres ditos feitos por profetas hebreus do passado.



A VERDADE MAIS PROVÁVEL SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS



Segundo a Bíblia, os hebreus receberam a verdade divina diretamente de Yavé. Todavia, Yavé nunca lhes prometeu ressurreição antes do cativeiro babilônico. Muito razoáveis são os saduceus, que rejeitam a crença na ressurreição por ela não fazer parte da lei mosaica nem das promessas de Yavé aos patriarcas.



A análise de todos os textos evidencia que os hebreus tiveram contato com a crença na ressurreição dos mortos no cativeiro babilônico. E os persas, sob cujo domínio eles viveram depois, também criam na ressurreição. Está aí a razão de a ressurreição aparecer no final do livro de Daniel.



Como os discípulos de Jesus conheciam essa crença e a adotaram, passaram a crer que Jesus poderia ressuscitar e retornar com poder divino para estabelecer aquele reino que esperavam. É bem provável que ele, já crucificado, à beira da morte, tenha dito, convictamente, que iria ressuscitar e voltar para assumir o poder, uma vez que o livro de Daniel fala que ele vira "com as nuvens do céu um como filho de homem"... a quem foi "dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem... um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído" (Daniel, 7: 13, 14).



Muitos historiadores viveram nos dias de Jesus, e nada escreveram sobre ele. Entre eles, Filão de Alexandria, cujas idéias são tidas por alguns como precursoras do cristianismo. Todavia, ele não escreveu uma palavra sequer sobre Jesus. Disso só se pode deduzir que ele não conheceu Jesus. Agora, pense um pouco: se Jesus tivesse feito um pouquinho do que os evangelhos dizem que ele fez, aquele historiador não teria sido informado? E, se os seus discípulos já tivesse começado a pregar naqueles dias que ele tivesse ressuscitado, Alguém teria pelo menos feito referência a um grupo que afirmava que seu líder ressuscitara.



Durante algumas décadas nenhuma referência foi feita a um grupo de religiosos que pregasse que seu líder tivesse ressuscitado. Isso nos leva a deduzir que, inicialmente, os cristãos deviam acreditar que Jesus ainda iria ressuscitar. Provavelmente alguns devem ter sonhado com ele ressuscitado, vindo mais posteriormente, com deformação da transmissão dessas informações, outro passarem a dizer que pessoas o viram ressuscitado. E os evangelhos, que foram escritos muito tempo depois, já trouxeram as tão contraditórias afirmações que vimos acima.



Em primeiro lugar, os evangelhos afirmam que muitas pessoas mortas ressuscitaram no momento da morte de Jesus e entraram na cidade e foram vistas por muitos. Se isso fosse um fato, não haveria como ficar sem nenhuma referência por escritores da época. Ainda que eles não acreditassem na notícia, eles iriam pelo menos registrar que algumas pessoas afirmaram terem vistos mortos ressuscitados. Como nenhuma menção existe, é racional concluir que não ocorreu tal fenômeno. Isso só deve ter sido incluído nos evangelhos, porque o livro de Daniel, ao falar do tempo de angústia, diz: "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno" (Daniel, 12: 2).



Eu segundo lugar, podemos citar outros fenômenos até passível de ocorrer, mas que não podem ter ocorrido: um grande terremoto que partiu o véu do templo e três horas de escuridão. Não se tem notícia de que tenha ocorrido um terremoto naquela região na época em que dizem ter ocorrido a crucifixão de Jesus.



Mas o mais inimaginável, não o fenômeno em si, mas a impossibilidade de sua ocorrência desconhecida, são as três horas de escuridão ditas ocorridas nas últimas três horas de vida de Jesus (Mateus, 27: 45). Qualquer eclipse solar que fosse visível na região teria sido registrado. Como poderia ocorrer um escurecimento do dia por três horas e ninguém o mencionar. Se isso houvesse acontecido, teria sido visto, não só pelos historiadores judeus e romanos, mas por outros de outros povos pelo menos na metade do mundo onde era dia. Ademais, sendo o dia da páscoa, não se poderia dar um eclipse solar, visto a lua estar em fase cheia, o que tornaria o fenômeno mais extraordinário, merecendo menção e muita discussão. Tudo isso junto nos dá prova de que tal escuridão não passa de uma invenção baseada em profecias que diziam que o Sol iria escurecer.



Já que essas três coisas nos dão uma evidência suprema do caráter fantasioso da ressurreição de Jesus, vamos falar dos fatores que inspiraram os autores do cristianismo.



Até o cativeiro babilônico, nunca foi registrada uma promessa de Yavé de que os mortos fossem ressuscitar. Yavé não prometeu ressurreição a Adão, Noé, Isaque, Jacó, a Moisés, a Davi, etc. Por que a prometeu a Daniel? Teria Yavé criado a ressurreição nessa época? Ou não é razoável crermos que os judeus tenham incorporado essa idéia dos babilônios?



Nos dias em que Israel vivia no exílio assírio, o profeta Miquéias prometeu que, quando a Assíria pisasse na terra de Judá, alguém nascido em Belém iria derrotar o poder assírio, repatriar os israelitas e formar um reino que não teria fim (Miquéias, 5: 2-15). Vemos que não seria alguém que seria crucificado. Como nada disso se cumpriu, os judeus, longe de perder a fé, continuaram a esperar que um dia esse ungido libertador viesse a existir. Aí está uma das razões de o personagem Jesus ser de Belém.



Como as promessas divinas de Yavé eram de que o trono de Davi seria eterno (Salmos, 89: 3, 4, 29-37), o salvador teria que ser um descendente de Davi. Assim, tanto um Jesus descendente de "Salomão" (Mateus, 1: 1-5), quanto um Jesus descendente de "Natã" (Lucas, 3; 23-38) seria descendente de Davi.



Naqueles dias, devia existir entre o grupo criador do movimento a crença de que para cada pessoa nasce uma estrela no céu. Daí é que surgiu a "estrela" vista pelos "magos" que teriam vindo procurar Jesus (Mateus, 2: 1, 2). Observe-se que em Lucas, nem magos existiram, nem a fuga para o Egito. Jesus foi apresentado no templo aos oito dias de idade e uma vez a cada ano (Lucas, 2: 1-42).



Os romanos tinham um deus nascido de uma virgem, que teria sido morto e ressuscitado e tinha o poder de dar vida eterna aos que nele cressem. Não é por outra razão que o personagem divino do cristianismo também nasceu de uma virgem (Mateus, 1: 23). Para dar credibilidade ao mito, buscaram um texto onde o profeta Isaías fala de sua jovem esposa que teria tido um filho, e antes que esse filho soubesse escolher entre o bem e o mal, a Assíria teria dominado Israel (Isaías, 7: 14-17).



Outrossim, Tamuz, deus da Suméria e Fenícia, foi gerado por uma virgem, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz. Mais uma grande razão para se registrar que um soldado feriu Jesus na cruz com uma lança (João, 19: 34) e ele, assim como Tamuz, ressuscitou no terceiro dia e em seu túmulo tinha uma pedra (Marcos, 16: 3, 4).



Entre os persas, os judeus tomaram conhecimento da crença em um personagem divino que iria ressuscitar os mortos e presidiria o juízo final. Daí é que deve ter surgido a idéia de Jesus ter ressuscitado algumas pessoas, ressurreições essas que foram copiadas de Elias (I Reis, 17: 20-24; João, 4: 19) e Eliseu (2 Reis 04:27-37 e Marcos 5:22-24), outros grandes personagens das escrituras hebraicas.



O deus romano Dionísio, que era o deus do vinho, transformava água em vinho. Assim, o Jesus dos evangelhos também transformou água em vinho (João, 2: 1-9).



Segundo o evangelho de Mateus, após o Batismo, Jesus foi para o deserto ficou em jejum por quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo (Mateus, 4: 1, 2). Essa idéia também não é original: Hórus, um dos deuses egípcios, lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Satã. O mito da tentação no deserto existe em Mateus, mas não tem lugar no evangelho de João. Pois, segundo esse evangelho, Jesus foi batizado em um dia e, no outro dia, estava começando a reunir os seus discípulos (João, 1: 28-37); mais uma evidência que corrobora o caráter lendário de pormenores da vida de Jesus registrados nos evangelhos.



Hórus é o deus que mais inspirou o cristianismo:

-Hórus lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Satã.

-Hórus, a luz do mundo; o caminho, a verdade e a vida.

-Hórus batizado com água por Anup.

-Hórus representado por uma cruz.

-A trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e Ra (o espírito santo).

-Hórus e Mitra tinham 12 discípulos.



Com todas essa idéias religiosas passando pelas cabeças dos povos, nada mais ideal do que formar um Jesus composto das características dos vários deuses e adaptar a ele textos dos profetas judeus para convencer o mundo de que tudo estava nos planos de Yavé, o deus criador de todas as coisas.



No fim da Guerra dos Macabeus, quando Judas conseguiu superar o inimigo e restaurar o santuário que fora profanado por Antíoco IV (Antíoco Epífanes), os judeus começaram acreditar que a promessa do reino eterno estava se concretizando, que dali em diante o reino de Judá iria se firmar e tornar eterno. Nesses dias é que deve ter aparecido a profecia de Daniel, que dizia que haveria um tempo de angústia (os dias do domínio de Antíoco e sua grande perseguição aos judeus) e depois o domínio seria entregue aos santos (Daniel 8; 9; 11 e 12).



Como os evangelhos foram escritos algumas décadas depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, Mateus e Lucas apresentam Jesus falando dessa destruição e da subseqüente perseguição a judeus e cristãos como a "grande tribulação" ou "tempo de angústia" e "abominável da desolação de que falou o profeta Daniel" (Mateus, 24: 15-33; Lucas, 21: 20-27; Daniel, 12: 1, 11). E Jesus teria prometido: “Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas” (Mateus, 24: 29-33).



Como a grande tribulação teria tido início com o cerco de Jerusalém e Jerusalém deveria ser pisada até que se completassem os "tempos dos gentios" (Lucas, 21: 20-27), o autor do Apocalipse disse que eles pisariam a cidade santa por "quarenta e dois meses" (Apocalipse, 11: 2), e aquele período seria "uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá” (Mateus, 24: 21), não deveria haver lugar para as interpretações dos cristãos de hoje, que dizem que a grande tribulação está próxima. Todavia, como os sofrimentos judeus e cristãos perpetuavam por décadas e séculos, criou-se a crença em que cada dia corresponderia a um ano. Assim, à medida que o tempo foi passando, o mito foi parecendo mais real. Passaram os mil duzentos e sessenta anos, que deveriam terminar no século XIV, e o mundo continuou com seus pecados. Entretanto, a idéia de que Jesus um dia virá para salvar os crentes permaneceu.



O silêncio histórico do primeiro século do cristianismo não nos deixa dúvida de que a ressurreição de Jesus foi elaborada paulatinamente. Se fosse um fato, visto por mais de quinhentas pessoas de uma vez como dizem (I Coríntios, 15: 5-8), não iria ficar sem qualquer referência externa. E, como a própria Bíblia deixa claro que ressurreição é uma crença que os judeus incorporaram dos babilônios, acreditar que alguém tenha ressuscitado e que nós iremos ressuscitar após a morte é algo tão aceitável como qualquer mito greco-romano. O tempo que passou até hoje, indo muito além do que poderia chegar com base no discurso profético do capítulo 24 de Mateus, já nos dá a maior prova de que nunca ocorrerá o evento que os cristãos esperam. Para quem analisa com imparcialidade os textos bíblicos, não poder restar dúvida de que ressurreição se formou pouco a pouco como os outros mitos.



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