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Artigos-->UM PERFIL ESPIRITUAL DIFERENTE -- 13/01/2007 - 08:15 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nascemos, e ao nascermos somos semelhantes a uma folha de papel sulfite em branco. Cada dia e cada experiência vivida será anotada nesta folha que, ao final, será o nosso diploma de passagem pelo planeta Terra. A folha em branco é o nosso espírito puro, divino e eterno. Mas, não vamos falar aqui do espírito de forma religiosa, posto que são as religiões que costumam traçar o perfil espiritual. E como não temos religião podemos falar até do espírito sem nenhum preconceito disso ou daquilo, que estejam dentro dos padrões normais de qualquer segmento religioso. Não é porque um homem não tenha religião que ele deixa de acreditar no seu futuro espiritual. Ele apenas não deseja seguir rituais que não lhe convêm, ou lhe são inúteis. Deseja a liberdade para pensar e estar com o seu espírito. Desde o dia em que fui expulso de uma igreja em São José do Rio Preto nunca mais freqüentei templo algum, além do meu tabernáculo interior e posso dizer: senti-me cada vez melhor.

Quem conhece a história de Jesus sabe muito bem que Ele permitia o debate. Perguntava. Ouvia perguntas também. Respondia a essas perguntas. E foi uma pergunta de um homem qualquer em meio à turba, dizendo: “Senhor! Como vamos rezar?” – que nasceu a oração mais conhecida e famosa do mundo o “Pai Nosso”. Hoje, porém os templos não permitem o diálogo. Recusam-se a ouvir perguntas. Todos ficam em silêncio, ouvindo sermões e sermões, discursos e discursos e nada podem perguntar, porque a maioria das religiões pratica a sua própria lei. Neste caso, é bem melhor a gente perguntar a uma árvore sobre as coisas divinas. Garanto que ela vai responder com os gorjeios dos passarinhos; com o vento sacudindo seus galhos; com os frutos que gentilmente elas nos fornecem sem cobrar nada e ainda agradecendo ao dar-nos gostosas sombras. Existe templo mais divino do que este? Não aceitamos quando alguém aponta para um templo e diz que ali é a casa de Deus. Será que podemos diminuir Deus, ao afirmar isto? Será que mesmo um palácio repleto de paredes douradas é a casa de Deus? A casa de Deus no nosso entender é o infinito universo com suas galáxias, seus sistemas solares, seus planetas e suas estrelas. Esta é a casa de Deus, que o homem bem pouco pode avaliar, ou compreender. E ainda assim não definimos totalmente a casa de Deus, isto porque não temos a capacidade de saber o que seja a casa de Deus. Podemos comparar o que Jesus disse. E Ele disse: “o templo divino está dentro de nós”; disse também: “na mansão de meu Pai existem muitas moradas”. Claro que não com estas palavras, mas com palavras semelhantes Paulo apóstolo disse: “Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra”. Vaso é o corpo que nos foi confiado. E apesar da enorme confiança de Deus em nós, não cuidamos do “vaso” como deveríamos. Saturamos o corpo de enfermidades; de lama; de sombras; abuso de alimentação; práticas sexuais inconfessáveis. A maioria chega ao túmulo tal e qual um carro atropelado, esmagado pela falta de cuidados ao corpo. Apesar disso, Deus na sua imensa bondade ainda fornece ao homem às condições de recuperação enquanto vida possui o nosso corpo. Recuperação do corpo não significa recuperação do espírito, o qual possui débitos escabrosos de vidas passadas. Vidas passadas? Aqui reside o porquê de nossa existência terrestre. Não existe por perto um planeta tão bem ajustado às nossas disposições de pagarmos nossas dívidas. Dívidas recentes porque estamos aqui apenas algumas dezenas, quem sabe centenas de milhares de anos e fizemos muitas coisas erradas. Quando nossos erros forem pagos totalmente – “ceitil por ceitil” –, aí sim, teremos “a vida eterna” sem mortes e sem sofrimentos, mas trabalhando, sempre trabalhando para as legiões celestes. E aí seremos felizes por compreender a “intenção” do Pai supremo quando decidiu povoar o universo com seus filhos. O homem hodierno, mais pensador e mais pragmático, reformará e visualizará as religiões como algo criado pelo próprio homem e não pela divindade, ou pelo Pai, ou ainda pelos mensageiros do Pai. Este Pai de todos nós jamais questionará nossas crenças ou descrenças. Questionará sim, nossos atos de maldade e perversidade. Ou seja: nossos erros escabrosos, tendo ou não tendo religião.



Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor

jeovahmnunes@hotmail.com



(publicado no jornal "Comércio do Jahu" de 13 de janeiro de 2007 - página 2 - Opinião)





http://artigosjornalisticossemfronteiras.blogspot.com/









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