Meras palavras.
Autor: Daniel Fiuza
09/03/2002
Frieza na distância,
No tempo que passou...
Tuas palavras gelaram meu coração,
Uma questão tão sublime de amor,
E uma verdade fria, sem calor.
Sinto um grande vazio nas tuas palavras,
Parecem até ditas por obrigação,
Meras e cruéis palavras.
Sem nenhum sentimento,
Palavra dita ao vento,
Perdidas, palavras sem emoção.
Antes, eu bebia tuas palavras,
Elas queimavam minha pele,
Sacudia as minhas entranhas,
Eram grandes poemas que me embeveciam,
Acalmavam minha alma,
Enalteciam meu espírito.
Sinto tanta tristeza com tuas palavras,
Frias, gelando minha esperança.
Meras palavras desacertadas,
Palavras caladas, mudas,
Impostas no papel,
Palavras que nada dizem,
Além do pouco que diz.
Causa-me uma grande suspeita,
Da indiferença desfeita,
Onde o carinho se estreita.
Punhais me foram cravados,
Lâminas cruéis de realidade,
No meu coração apaixonado.
Como pôde matar alguém?
Apenas com meras palavras.
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