SINFONIA DE AMOR
J.B.Xavier
Ainda que de tua alma os cenários,
Eu jamais tenha conseguido desenhar,
Tampouco vê-los,
Ainda que eu não tenha ouvido os teus chamados,
Nem teus apelos,
Ainda, assim, viverei eternamente a te amar...
Porque te amar é a minha sina, é o meu destino,
É o canto do rouxinol num sublime alvorecer,
É o fio condutor,
E ainda que eu não tenha te saciado todos os desejos,
É no amor
Na doentia sede de tua presença, que deposito meus beijos...
Então, vem, desnuda-te inteira, em alma, corpo e intenções...
Vem planar comigo pelas extensas regiões
Das harmonias...
Vem dançar comigo ao som dos ventos nos pinheirais,
Ouve as sinfonias
De um amor que não se findará jamais...
* * *
|