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Artigos-->Soy loco por ti, América! -- 17/08/2006 - 09:18 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Soy loco por ti, América!”

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



O Sport Club Internacional pintou a América de vermelho e os colorados esparramados pelo mundo afora desfraldaram suas bandeiras. Nossos corações estão eufóricos, pois estamos envoltos por um profundo sentimento de alegria.



Não quero transgredir a humildade, mas quero sentir fachos de orgulho. Não quero ser impertinente, mas quero falar ao mundo quem somos. Não quero perder a razão, mas é impossível não ser sublimado pela emoção. Há alguma coisa de notável nesse inusitado descobrimento da América em 2006. Há uma mistura de encantamento, utopia e dedilhar de uma guitarra pampeana. Algo Yupanqui... Mercedes Sosa. Associação de bombo legüero e gaita-ponto. Mescla de superação e ternura.



Deixei em outras décadas um avô maragato e um pai proletário e ambos fervorosos torcedores. Deixei para trás um piá num Boqueirão das Missões que se criou na beira de uma estrada de ferro e jogava futebol no campinho no pátio da vizinha. Deixei nos anos 60 fagulhas de saudades e estalos encarnados de um coloradinho sonhador diante de um pôr-do-sol em Santiago.



Tenho um olhar maduro, um jeito discreto e um coração encarnado. Foi emocionante essa heróica conquista. Foi sofrida essa inquietante taquicardia. Sinto por alguns saudosos colorados que não estão mais presentes para também externarem suas paixões. Celebrarem essa vitória. Certamente, estão sorrindo em algum lugar do Universo numa festiva dimensão.

Essa conquista é uma construção coletiva que remonta aos primeiros carnavalescos paulistas que fundaram, há quase um século, um clube de futebol para ser do povo. Remonta ao rolo compressor, ao melhor time da década de 70, ao iluminado gol de Figueroa em 75. Ao Maicon e ao Gerson e a tantos outros que fizeram história nesse Gigante da Beira-Rio.



O Internacional nasceu para combater o racismo e ser opção para os humildes. É o verdadeiro clube de um povo que sonha acordado.



Os Libertadores têm algo de internacional. Libertários. Calientes. São revolucionários.

Aquela coisa extraconjugal, um instante para ser vivido em sua magnitude. É descomunal, uma linha tênue entra a embriaguez e a ressaca. É uma paixão recém descoberta que arrebata os desprevenidos, meio desobediente e prazerosa e, extremamente, justa.

Libertadores e Internacional são duas palavras que trazem no seu bojo desejos de liberdade e justiça. Desejos de uma América plural e igualitária. Uma América democrática e lutadora. Uma América sonhadora.



Um Bolívar joga no Internacional e um Bolívar foi libertador. Essa é a feliz coincidência dessa conquista.

Não! Não quero tripudiar consciências e nem reverter paixões. Quero ser, apenas, mais um na multidão para dizer ao mundo “Soy loco por ti, América!”.



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