AUTO-DEFESA
enviado por marcio menezes
Desde épocas imemoriais, o homem imagina e constrói recursos de auto -
proteção e defesa, sem que lhe possamos desconsiderar as razões para isso.
O recinto emparedado que lhe serve de moradia não é somente o refúgio em que
delibera viver no regime de comunhão familiar, mas se lhe erige também como
sendo o processo de livrar-se da intempérie.
O cofre é o recipiente que lhe segrega os bens contra possíveis assaltos, no
entanto, é igualmente o vaso que lhe garante instruções e documentários
contra incêndios.
A fim de preservar-se e preservar valores e propriedades sobre os quais
convenciona a riqueza externa, inventa fechaduras, cadeados, ferrolhos,
trancas, armas, trincheiras, muralhas e alçapões. Realiza mais ainda:
vacina-se contra as moléstias contagiosas; estabelece apoio ao comércio e
protege-se contra a fome; cria meios de intercâmbio e extingue a solidão.
Para todos os meios suscetíveis de afligi-lo no campo exterior da existência
elege recursos defensivos claramente justificáveis no tocante aos domínios
da vigilância e da prudência com que lhe cabe agir e discernir, entretanto,
para a insegurança e para o medo, antigos adversários que lhe dilapidam o
equilíbrio e a vida e tantas vezes o arrastam a suicídio e loucura não
encontra estabelecimentos ou medidas terrestres com os quais se municie
contra eles.
De modo a forrar-nos contra semelhantes flagelos, só existe um recurso:
confiarmo-nos a Deus, cujas leis nos presidem as horas.
Nos momentos de crise, provação, angústia ou desencanto, cumpre os deveres
que as circunstâncias te reservam e jamais desesperes.
*
Lembra-te de que não há noite na terra que não se dissolva no clarão solar.
Nos instantes amargos, descansa o coração e o cérebro em Deus, cuja
misericórdia e justiça nos acompanham os dias, e Deus te resguardará.
Emmanuel
(De "Encontro de Paz", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)
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