DEIXA
Deixa o amor chegar por si só
Não o espere nem o chame
com palavras e atos vãos
Deixa que ele, sem querer,
se acomode sem pedir,
sem cobrar, sem partir
Deixa que ele faça de ti
um cais, um porto seguro
onde tudo se inventa
Deixa-o solto, com asas
para voar sobre sonhos,
caminhos e outros mares
Deixa-te molhar de gozos
sem preocupação
de enxugos desnecessários
Alague tudo em solturas
de prazer, de loucura,
de urgência do último ato
© Fernando Tanajura Menezes
(n. 1943 - )
http://tanajura.cjb.net
|