"Em Portugal não há muita tradição de monitorização de aulas"."Mas é uma coisa que vai ter de mudar"...assim falou a Excelentíssima Ministra da Educação.
Quase findamos um ano pleno de mudanças e surpresas,diferente, inédito, compulsivo, diria..e eis que ainda fragilizados,quase a adaptarmo-nos,temos de manter o dinamismo que se nos é reivindicado...convenhamos que é uma dose extra...enquanto mexermos continuaremos a pugnar por uma sociedade mais competente...sem dúvidas,porém,precisamos de um fôlego, sra Ministra, por debaixo da cortina de receios de nova vida, de mudança...demora algum tempo a digerir e o ano foi muito difícil e eu a meio gaz lá fui mantendo a verticalidade, penso eu!E os professores, meus digníssimos companheiros do quotidiano, estiveram à altura!Para eles, vai o meu agradecimento, os meus cumprimentos pelo seu profissionalismo.Os professores não receiam a monitorização das suas aulas, antes pelo contrário, querem lufadas de ar fresco, parcerias, equipas,articulação entre os saberes, sem haver professores de primeira e professores de segunda, como está previsto no próximo Estatuto da Carreira Docente.Os professores estão habituados a trabalhar e a sua preocupação são os alunos, sempre, indubitavelmente.Ainda hoje observei um episódio sintomático da abertura às novas metodologias e fiquei assazmente satisfeita.Um professor, quase no fim da sua carreira,solicitou o reforço de estratégias de posicionamento dentro da sala de aulas.Após uma auto-reflexão,mediante vícios de performance,constatou que deveria adoptar os "conselhos" que o Catedrático Sociólogo lhe facultou.Atitude de valor pois demonstra a abertura da sua aula ao outro, equacionando o que poderá servir para actuações vindouras, de modo a desencadear o sucesso dos seus alunos.Ora isto faz-se, assim, sem termos de ser "acreditados",amedrontados por uma Comissão de nome pomposo, quando saímos da Universidade devidamente credenciados...e muito mais haveria a acrescentar...fica aqui o apelo à reflexão, neste contexto nevrálgico, que será ultrapassado porque encaramos o ensino com dignidade profissional.
Elvira:) |