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Artigos-->AS MAIS PROVÁVEIS ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS -- 19/04/2006 - 17:28 (JOÃO DE FREITAS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


As consultas às fontes histórias do primeiro século da nossa era tornam extremamente duvidosa a existência de um indivíduo chamado Yeshua (Jesus) como fundador do Cristianismo. Talvez esse nome tenha sido atribuído a algum dos heróis executados pelos romanos que tivesse na realidade outro nome. Entre as várias contradições evangélicas estão as últimas palavras de Jesus. Minha intenção aqui é analisar quais seriam as mais prováveis últimas palavras do precursor do Cristianismo, chamasse ele Yeshua ou não.



Nenhum historiador dos dias de Jesus disse tê-lo conhecido. Isso lança completa dúvida sobre a sua existência. Entretanto, é muito evidente que os fundadores do Cristianismo tenham-se inspirado na morte de um dos vários heróis que tentaram livrar os judeus do poder romano.



"Bastaria o silêncio de Filon para provar estarmos diante de uma nova criação mitológica, de cunho metafísico. Entretanto, escrevendo como cristão, os lançadores do cristianismo louvaram-se nas suas idéias e escritos. Tivesse Jesus realmente existido, jamais Filon deixaria de falar em seu nome, descreveria certamente sua vida miraculosa. Filon relata os principais acontecimentos de seu tempo, do judaísmo e de outras crenças, não mencionando, porém, nada sobre Jesus. Cita Pôncio Pilatos e sua atuação como Procurador da Judéia, mas, não se refere ao julgamento de Jesus a que ele teria presidido. Fala igualmente dos essênios e de sua doutrina comuna dizendo tratar-se de uma seita judia, com mosteiro à margem do Jordão, perto de Jerusalém. Quando no reinado de Calígula esteve em Roma defendendo os judeus, relata diversos acontecimentos da Palestina, mas não menciona nada a respeito de Jesus, seus feitos ou sua sorte e destino. Filon que foi um dos judeus mais ilustres de seu tempo, e sempre esteve em dia com os acontecimentos jamais omitiria qualquer notícia acerca de Jesus, cuja existência se fosse verdadeira, teria abalado o mundo de então. Impossível admitir-se tal hipótese, portanto" (La Sagesse, em Jesus Cristo Nunca Existiu).



Tudo que os evangelhos dizem sobre Jesus tem paralelos nas mitologias greco-romana, babilônica, persa e egípcia (*). Todavia, a narração de fatos relativos à vida de Jesus se apresenta cheia de contradições, apesar de a igreja ter selecionado apenas quatro de algumas dezenas de evangelhos que foram escritos sobre eles.



Entre os vários fatos e atos de Jesus, até as suas últimas palavras são apresentadas pelos quatro evangelhos selecionados pela igreja, de forma inconciliável. Dada essa inconciliabilidade pretendo aqui apreciar quais têm maior probabilidade de ser as últimas palavras pronunciada por aquele que foi eleito como o messias, o salvador do mundo.



O Evangelho de Mateus diz:

“Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Ele chama por Elias. E logo correu um deles, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os outros, porém, disseram: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo. De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito” (Mateus, 27:46-50).



O Evangelho de Lucas diz:

“Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou” (Lucas, 23: 46)



O de João diz:

“Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito” (João, 19: 30).



Como não é possível conciliar essas afirmações, teríamos que eleger uma delas como a mais provável, com base nas crenças e fatos da época.



O profeta Miquéias previra que um "ungido" de Belém iria livrar os hebreus do domínio assírio e formar um reino unido de Judá e Israel com domínio sobre toda a Terra. E isso ocorreria quando a Assíria entrasse na terra de Judá (Miquéias, 5: 2-15).



Nenhum dos reis judeus conseguiu libertar seu povo. Depois da Assíria, veio Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e depois Roma. Sucessivas promessas proféticas foram feita de libertação dos hebreus e formação de seu reino eterno, mas esse reino nunca veio. Todavia, embora a época marcada inicialmente para esse reino fosse nos dias da Assíria, eles permaneceram acreditando que um dia surgiria esse libertador. Essa é a razão de vários judeus terem acreditado que seriam esse "ungido" e poderia libertar seu povo, vindo todos eles a cair perante o poderoso império.



Imaginemos agora esse precursor do Cristianismo. Ele acreditou que Yavé, o deus verdadeiro, onipotente, criador de todas coisas, que prometera um libertador, dar-lhe-ia poder para derrotar os exércitos romanos.



Vários detalhes ditos da vida de Jesus são iguais aos de deuses greco-romanos, persas, ou Egípcios. Isso os deixa mais para mitos do que para fatos. Mas convenhamos que algumas coisas possam ser reais; pois suposto messias existiu até mais de um; e, em torno de um deles um grupo de pessoas criou a maior religião do mundo, acreditando que ele iria ressuscitar e estabelecer um reino divino. Alguém teria dito que ele já teria ressuscitado e retornaria brevemente, como teria escrito Paulo: "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. (I Tessalonicenses, 4: 16, 17).



Assim deve ter transcorrido a sua aventura de libertador de Israel:



Ele entrou em Jerusalém montado em um jumento, relata o evangelho de Mateus, e seus seguidores o aclamaram pelas ruas da cidade santa (Mateus, 21: 1-9).. Isso é muito provável que tenha realmente ocorrido, porque um profeta havia dito que o rei libertador viria montado em um jumento. Qualquer indivíduo que imaginasse ser esse libertador iria agir tal como dissera o profeta.



Ele não conseguiu apoio de seu povo, o qual não reconheceu nele algo que o caracterizasse como o libertador, ficando ele e seus poucos discípulos à mercê do poder romano.



"Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes". Embora essas palavras sejam copiadas de um salmo de Davi, em que esse rei se sentia desamparado por seu deus (Salmos, 22: 1), se Jesus existiu e disse alguma coisa na hora da morte, estas palavras são as mais prováveis. Nenhum profeta disse que o libertador iria morrer e depois reviver para derrotar o poder opressor e estabelecer o reino eterno. Todavia, ele se viu preso pelos soldados romanos, foi torturado e levado à terrível execução. Certamente pensou que no último momento seu deus agiria prodigiosamente, ele seria livre dos seus executores. Mas as horas passaram, e, após todas as torturas, o pobre herói se viu pregado numa cruz. A última hora estava chegando, e nada seu deus fizera por ele. Desiludido, já sem esperança, com a última força que lhe restava, bradou "Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes".

Saiba mais em COMO SE CRIOU O SACRIFÍCIO DE JESUS PELOS PECADOS DO MUNDO



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