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Cartas-->Carta a uma deusa -- 06/06/2002 - 08:21 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem és tu que me deixas tão furiosamente louco por ti e tanto quanto te desejo não quero tua presença? É que imensa é a angústia de te amar sem saber negá-lo... Mas, ao tempo em que me vejo perdido em paixões profundas, também percebo que a vida não se curva aos desígnios de um só coração.

Seria prudente rejeitar uma presença a partir da qual me sinto vivo? Como posso duvidar dos motivos que me espremem e sufocam?

O senso de que tudo mais é finito diante de promessas que não se cumprirão, pois bebo dessa água deliciosa que não mata a sede. O manjar que aos deuses alimenta é apenas doce; a mim resta o amargo de um prazer jamais possível. Amargo e doce...prazer e sentimento. Um sobrevive à falta do outro? Sou um louco ao imaginar a vida em fragmentos que se afastam, tornando-me um ser mesquinho, indecoroso e vil.

Tua forma e formosura, nuanças de alguém sublime, não podem ser objetos de fantasias pueris. Não posso moldar o mundo à imagem e semelhança dos meus desejos. Teu coração não pode estar submisso à lógica dos meus impulsos. Nem mesmo um reles objeto, sem alma e coração, por mim é tratado sem o valor que o prazer de sua posse impõe. E tu, mulher de perfeição divina, que às vezes se confunde com a própria beleza, como serias desprezada, aviltada e consumida feito um pedaço de pão, que de uma vez apenas não sacia a fome, sendo a cada dia renovada sua existência?

Tu não tens dono, teu coração pertence a ti. Quem ousará requisitá-lo tão despudoradamente? Perdão, mulher, eu peço! E solicito prudência quando me julgares, pra que não incorras em decisão de imutável sorte. Posso morrer em tuas mãos, visto que não germinei no teu coração, jamais repousei em teu colo e nunca vivi em teus olhos. Sou um fantasma que ousou te incomodar. Fato lamentável do qual jamais serás digna. Nem tampouco serei de sequer me olhares...se ao menos morasses no Olimpo!
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