Tu é tão chato!
Te odeio!
Mas porque tanto desenfreio
ao imaginar-me no teu tato?
Tens nos lábios a mentira,
És metido – a dar-me ira,
Mas enlevo-me a olhar-te
és para mim a pura arte!
Corres olhares lancinantes,
teu sarcasmo é assassino,
Mas em meu peito, nunca, antes
houve sonho tão ladino!
És tu o mais cobiçado,
entre todos, mais falado,
Por isso, já não te quero!
tu és mais do que tolero!
É perfeito –
aos vazios
Para mim, tu és o eleito
entre os frios!
Tu és pouco
para o muito que mereço.;
Poderias ter sido tudo –
não foste nem o começo.
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