Os segundos passam
e os olhares são raios.
Os minutos passam
E as mãos são um.
As horas passam
E as bocas se beijam.
Os meses passam
E os filhos são feitos.
Os anos passam
e os filhos são pais.
Os momentos, todos, passam...
E meu olhar não é raio,
Minha mão é só,
Minha boca não beija,
Meus filhos são utopia,
e meus netos são meros sonhos.
É o relógio no pulso,
O vento na janela,
O papel dos doze meses,
É o eu só – e o tempo.
E só tempo só...
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