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Cartas-->Para quem falou da morte -- 01/06/2002 - 14:02 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu encaro a morte como uma festa e não como uma dor. É uma emoção forte que nos faz chorar, com isso muita gente a confunde com a dor. É uma passagem inevitável - todos nós que nascemos vamos morrer um dia. Ariano Suassuna, no Auto da Compadecida, em poucas palavras colocou nas vozes de Chicó e João Grilo a sua simplicidade: "Tudo que nasce, morre." "É, tudo que nasce, morre." Eu tenho um poema que fecho com o verso "Amor é vida e morte que nós todos temos". Quando a gente passa a amar a vida, no meu pensar, a morte também é amada, porque a última é conseqüência da primeira, vou além, é a sua complementação, sua coroação, seu ponto máximo. Morrer, chegar a um final, dar um fecho na sua história. É o momento em que se pergunta o que fez tal ou tal pessoa enquanto estava aqui conosco? Eu a encaro como uma renovação, como uma liberação da matéria. O que se fez ou sentiu fica presente em outros pedaços. Hoje de madrugada estava pesquisando a vida de Antônio Frederico de Castro Alves e muitas foram as minhas considerações de como um jovem de 24 anos pode ter escrito tantas coisas fortes em sete anos e puf.. se foi... contudo, passados quase 131 anos, o que ele viveu, pensou, escreveu está presente nos nossos dias, está presente em nós. Será que, se ele não morresse tão jovem, sua obra teria a mesma força que tem? Será que suas ações, se vividas depois dos seus 24 anos, não anulariam a força do seu trabalho? Ah, é um mistério tão gostoso. Gosto muito de meditar sobre a morte.
Bjs vivos de um sábado brilhante.
F.



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