Uma parte do País defendida, do qual eu, como muitos, nem sabia.
Sessenta e poucos morreram, era o que dizia...
Martires que ergueram a bandeira do Brasil contra a ditadura.
Que após várias lutas duras, foram amordaçados, foram dizimados,dislacerados, mas não calados.
Éramos irmãos bastardos, que apenas, pensavam diferentes desse colegiado.
Bendito sois os novos dias, apesar da mesma fome assolar a terra rica e bruta. E em vão, parecer seguirmos sem êxito nessa lida justa.
Apesar da Dialética,
Da Filosofia, da História e da Sociologia...
Conservou-se ancestrais daquela dinástia, herdeiros vorazes dessa miséria absurda.
A voz, o sonho e a luta, também semearam filhos egrégios, da labuta, e isso, é que nos faz, ainda andarmos livres pelas ruas.
Aos que morreram, guerrilheiros descansem em paz...
Aos que ainda lutam, caminheiros eu vos pergunto:
Como pode alguém que morreu por amor ao povo, vicejar descanso no céu, se os pecados na terra perduram absolutos ?
Ainda mais se soubessem eles, que alguns do grupo tornaram-se artistas de capitais.
Em memória vos digo, que mesmo nascido há anos atrás, não sabia se existia o Araguaia, que hoje não esqueço e orgulho-me do jazz que faz.
Meus amigos!...
Descansem em paz. |