Usina de Letras
Usina de Letras
13 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62285 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50673)

Humor (20040)

Infantil (5458)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6209)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->HISTÓRIA SÉCULO XX VESTIBULARES 2006 -- 03/02/2006 - 08:43 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HISTÓRIA SÉCULO XX QUESTÕES DE VESTIBULARES DEZEMBRO DE 2005 E JANEIRO DE 2006 COMPILADAS PELO PROF. EDSON PEREIRA BUENO LEAL .







1 PUC SP 2006 NAZISMO

“O próprio Bismarck parece não ter-se preocupado muito com o simbolismo, a não ser pela criação de uma bandeira tricolor, que unia a branca e preta prussiana com a nacionalista liberal preta, vermelha e dourada (...).”

(Eric Hobsbawn. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 281)

“Hitler escreve a propósito da bandeira: ‘como nacional-socialistas, vemos na nossa bandeira o nosso programa. Vemos no vermelho a idéia social do movimento, no branco a idéia nacionalista, na suástica a nossa missão de luta pela vitória do homem ariano e, pela mesma luta, a vitória da idéia do trabalho criador que como sempre tem sido, sempre haverá de ser anti-semita .” (Wilhelm Reich. Psicologia de massas do fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 94-5)





A composição das duas bandeiras a que os textos se referem presta-se, nos dois casos, a

a) representar o caráter socialista do Estado alemão moderno, daí a presença do vermelho nas duas bandeiras.

b) identificar o projeto político vitorioso e dominante com o conjunto da sociedade e com o Estado alemão.

c) defender a paz conquistada após os períodos de guerra, daí a presença do branco nas duas bandeiras.

d) valorizar a diversidade de propostas políticas existentes, caracterizando a Alemanha como país democrático e plural.

e) demonstrar o caráter religioso e cristão do Estado alemão, daí a presença do preto nas duas bandeiras.



2 UNIFESP 2006 GUERRAS MUNDIAIS

Para o historiador Arno J. Mayer, as duas guerras mundiais, a de 1914-1918 e a de 1939-1945, devem ser vistas como constituindo um único conflito, uma segunda Guerra dos Trinta Anos. Essa interpretação é possível pelo fato

a) de as duas guerras mundiais terem envolvido todos os países da Europa, além de suas colônias de ultramar.

b) de prevalecer antes da Segunda Guerra Mundial o equilíbrio europeu, tal como ocorrera antes de ter início a primeira Guerra dos Trinta Anos, em 1618.

c) de, apesar da paz do período entre guerras, a Segunda Guerra ter sido causada pelos dispositivos decorrentes da Paz de Versalhes de 1919.

d) de terem ocorrido, entre as duas guerras mundiais, rebeliões e revoluções como na década de 1640.

e) de, em ambas as guerras mundiais, o conflito ter sido travado por motivos ideológicos, mais do que imperialistas.





3 MACKENZIE 2006 PADRÃO MONETÁRIO MUNDIAL 1944

Em 1944, foram lançados os fundamentos da “economia do dólar”, ou seja, a transformação do dólar na moeda do mundo. Foi organizado um padrão monetário baseado na equivalência entre o dólar e o ouro.

Essa estratégia econômica ficou conhecida como

a) Acordo Geral de Tarifas e Comércio.

b) Plano Marshall.

c) Conferência de Bretton-Woods.

d) Plano Colombo.

e) Tratado de Maastrich.





4 UFSCAR 2006 INDEPENDÊNCIA AFRICANA

Hoje, a independência nacional, a formação nacional nas regiões subdesenvolvidas assumem aspectos totalmente novos. Nessas regiões, excetuadas algumas realizações espetaculares, os diversos países apresentam a mesma ausência de infra-estrutura. As massas lutam contra a mesma miséria, debatem-se com os mesmos gestos e desenham com seus estômagos encolhidos o que se pode chamar de geografia da fome. Mundo subdesenvolvido, mundo de miséria e desumano. Mundo também sem médicos, sem engenheiros, sem administradores. Diante desse mundo, as nações européias espojam-se na opulência mais ostensiva. (Frantz Fanon. Os condenados da terra, 1979.)

a) Relacione a argumentação do autor com o processo de independência de países africanos no século XX.

b) Cite dois exemplos de países africanos que se envolveram em guerras civis durante ou após seu processo de independência.





5 UNIFESP 2006 INDUSTRIALIZAÇÃO PÓS SEGUNDA GUERRA

O processo de industrialização tardia verificado após a Segunda Guerra Mundial promoveu

a) uma divisão territorial do trabalho baseada na troca desigual de commodities.

b) a reunião de líderes de países pobres contra o capital internacional.

c) uma articulação produtiva entre núcleos de países centrais e de países pobres.

d) a atuação decisiva de países periféricos no Conselho de Segurança da ONU.

e) uma frente de países ricos que atuou pela libertação colonial dos povos.





6 UNESP 2006 GUERRA DO VIETNÃ E EUA CONTEMPORÂNEO

Leia o trecho seguinte.

VOLTA EM CÓPIA NOVA O FILME QUE ACELEROU O FIM DO CONFLITO NO VIETNÃ E VIROU MARCO DO CINEMA POLÍTICO.

Vencedor do Oscar de documentário em 1974, Corações e mentes tornou-se uma peça importante dos protestos que levaram ao fim da Guerra do Vietnã (...).

[O diretor norte-americano Peter] Davis conta que Corações e mentes nasceu da indignação. “A mídia só mostrava imagens tendenciosas da guerra”. Integrante de um grupo de cinegrafistas e montadores, eles decidiram que era preciso mostrar as coisas também do outro lado (...). [Peter Davis lembra que] “as imagens de destruição com napalm provocaram tanta indignação que o Congresso dos EUA votou uma lei que desautorizou o uso de armas químicas”... (Luiz Carlos Merten. O Estado de S.Paulo, 24.06.2005.)

a) Tendo em vista o contexto internacional contemporâneo, explique por que ressurgiu o interesse pelo documentário de Peter Davis.

b) Comente o contexto no qual se desenrolou a Guerra do Vietnã.







7 FUVEST 2006 FIM DA URSS

“... a morte da URSS foi a maior catástrofe geopolítica do século. No que se refere aos russos, ela se tornou uma verdadeira tragédia” (Vladimir Putin, presidente da Rússia, abril de 2005)

“Para mim, o maior evento do século XX foi o colapso da URSS, que completou o processo de emancipação das nações” (Adam Rotfeld, chanceler da Polônia, abril de 2005) As duas declarações

a) coincidem, a partir de pontos de vistas opostos, sobre a importância do desaparecimento da União Soviética.

b) revelam que a Polônia, ao contrário da Rússia e dos demais ex-países do Pacto de Varsóvia, beneficiou-se com o fim da União Soviética.

c) mostram ainda ser cedo para afirmar que o desaparecimento da União Soviética não foi historicamente importante.

d) consideram que o fim da União Soviética, embora tenha sido uma tragédia, beneficiou russos e poloneses.

e) indicam já ser possível afirmar, em caráter definitivo, que o fim da União Soviética foi o acontecimento mais importante da história.



8 FUVEST 2006 2 FASE WELFARE STATE E GUERRA FRIA

Há consenso, entre os estudiosos, de que o período, compreendido entre os últimos anos da década de 1940 e os primeiros da década de 1970 foi, para a economia capitalista, sobretudo para a dos países mais avançados, uma verdadeira “era de ouro”.

Caracterize essa fase do capitalismo em termos

a) do chamado Estado de Bem-Estar (Welfare State).

b) da chamada Guerra Fria.



9 MACKENZIE 2006 GUERRA FRIA

A expressão Guerra Fria designa o período da história que se iniciou logo após o término da II Guerra Mundial e se caracterizou, fundamentalmente,

a) pela polarização político-militar dos países em dois grandes blocos, liderados por potências vitoriosas na luta contra o nazi-fascismo.

b) pela construção de blocos econômicos regionais, visando o desenvolvimento comum dos países membros, como os casos da União Européia e do Mercosul.

c) pela formação de dois grandes impérios europeus, cujas políticas expansionistas os tornaram antagônicos: o Império Austro-húngaro e o Império Otomano.

d) pelo confronto cada vez mais iminente entre o Ocidente, cristão e democrático, e o Oriente, islâmico e totalitário.

e) pela bipolarização geopolítica do mundo em países ricos, de capitalismo central, chamados de Primeiro Mundo, e países pobres, de capitalismo periférico, ditos de Terceiro Mundo.





10 MACKENZIE 2006 URSS GORBATCHEV

Como resultado das reformas realizadas por Mikhail Gorbatchev, a partir da metade da década de 1980, na URSS, pode-se apontar

a) o fortalecimento do PCUS na condução da política soviética, através da extrema centralização do planejamento econômico pela cúpula conservadora do partido.

b) a abertura gradual e controlada da economia soviética ao mercado capitalista mundial, permitindo a entrada regulada de empresas transnacionais no país e buscando transferência de tecnologia.

c) a estatização das empresas de mineração e bancos do país, que, apesar da revolução de 1917, não haviam sido nacionalizados, e que, por isso, permaneciam sob controle estrangeiro.

d) o afastamento diplomático definitivo em relação aos EUA e, ao mesmo tempo, um revigoramento da corrida armamentista entre os dois países.

e) a imposição do unipartidarismo aos países da chamada Cortina de Ferro, como forma de fortalecimento do bloco socialista.



11 UNESP 2006 QUEDA MURO BERLIM 1989

Sobre a queda do muro de Berlim, no dia 10 de novembro de 1989, é correto afirmar que

a) o fato acirrou as tensões entre Oriente e Ocidente, manifestas na permanência da divisão da Alemanha.

b) resultou de uma longa disputa diplomática, que culminou com a entrada da Alemanha no Pacto de Varsóvia.

c) expressou os esforços da ONU que, por meio de acordos bilaterais, colaborou para reunificar a cidade, dividida pelos aliados.

d) constituiu-se num dos marcos do final da Guerra Fria, política que dominou as relações internacionais após a Segunda Guerra Mundial.

e) marcou a vitória dos princípios liberais e democráticos contra o absolutismo prussiano e

conservador.







12 MACKENZIE 2006 ISRAEL E IRÃ

Sharon : "Os mísseis iranianos ameaçam a segurança de Israel

Fonte: www.aljazeerah.info/Cartoons/2003 cartoons/July/July 22.htm

A declaração de Sharon está relacionada

I. Às constantes ameaças do Irã de usar armamento nuclear para forçar a retirada de judeus das áreas ocupadas na Palestina.

II. Ao grande poderio nuclear de Israel, que possui mais de uma centena de bombas atômicas, além de contar com a proteção do sistema de satélites norteamericano.

III. Ao fato de Israel ser signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e tentar impedir que o Irã desenvolva armamentos nucleares capazes de colocar em risco o Estado judeu.

Assinale:

a) se apenas I e III estiverem corretas.

b) se apenas II e III estiverem corretas.

c) se I, II e III estiverem corretas.

d) se apenas II estiver correta.

e) se apenas I estiver correta.







13 MACKENZIE 2006 TOTALITARISMO

O totalitarismo, fenômeno histórico europeu, pode ser definido como um regime político organizado segundo a idéia de que o cidadão, bem como as instituições da sociedade, deve submeter-se totalmente à autoridade do Estado. O poder, ditatorial, é centralizado num partido único, organizado em torno de um líder autoritário.

São exemplos de totalitarismo

a) a França de Napoleão e a Alemanha de Bismarck.

b) a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini.

c) os EUA de Roosevelt e a URSS de Stálin.

d) o Brasil de Vargas e a Argentina de Perón.

e) a Espanha de Franco e a Inglaterra de Churchill.



14 UFSCAR 2006 IMPERIALISMO AMERICANO



I

Nicarágua Apoio aos guerrilheiros antisandinistas para derrubar governo de orientação socialista.

II

Guerra do Golfo Defesa do Kuwait contra a invasão de tropas sauditas e iranianas.

III



Guerra Irã Iraque Apoio militar e político ao governo iraniano contra o governo totalitário de Saddam Hussein.

IV

Afeganistão Derrubada do governo Taleban e ascensão de um governo pró-EUA.





Apesar de se considerarem defensores da democracia e do direito à autodeterminação dos povos, os Estados Unidos da América, desde o século XIX, executam uma ação imperialista agressiva, com intervenção política e/ou militar em diversos países e regiões. Na tabela, procura-se relacionar algumas áreas e formas de intervenção imperialista estadunidense com possíveis ações empreendidas por este país.

Estão corretas, apenas:

a) I e II. b) I e IV. c) II e III.

d) I, III e IV. e) II, III e IV.



15 PUC SP 2006 IRÃ E IRAQUE CONTEMPORÂNEO

Do final dos anos 1970 até hoje, Irã e Iraque estiveram constantemente no noticiário internacional. Entre outros motivos, devido à

a) revolução no Irã, em 1978-1979, que acabou com a monarquia pró-Estados Unidos no país e instalou um regime islâmico xiita, controlado pelos aiatolás, que passaram a pregar a guerra santa contra seus opositores.

b) Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1989, conflito típico da Guerra Fria, pois os dois países representavam, respectivamente, os interesses dos Estados Unidos e da União Soviética, em sua disputa pelo controle global.

c) ocupação do Kuwait, país vizinho, por tropas do Iraque, em 1990, na disputa por campos petrolíferos, com a intenção explícita de aumentar a produção de petróleo iraquiana e diminuir seu preço no mercado internacional.

d) Primeira Guerra do Golfo, em 1991, quando os Estados Unidos atacaram o Iraque a pedido dos governos iraniano e kuwaitiano, depuseram o regime islâmico

e implantaram uma democracia representativa.

e) Segunda Guerra do Golfo, em 2003, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou os Estados Unidos e a Inglaterra para que invadissem o Iraque e expropriassem suas áreas petrolíferas.





16 MACKENZIE 2006 ORIENTE MÉDIO CONTEMPORÂNEO

Paz por terra: esta é a palavra mágica. A chave para acabar com um conflito entre árabes e judeus que aparentemente é eterno. Os ____(1)____ deveriam abandonar os territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias, e os ____(2)____ garantiriam, em conjunto

com todo o mundo árabe, reconhecimento ____(3)____ , sua integridade territorial e sua política independente. Marcos Wilson, As perspectivas do mundo

Assinale a alternativa que preenche corretamente e respectivamente as lacunas (1), (2) e (3).

a) iraquianos ; kuwaitianos ; do Kuwait.

b) iranianos ; iraquianos ; do Kuwait.

c) israelenses ; jordanianos ; da Palestina.

d) libaneses ; israelenses ; do Líbano.

e) israelenses ; palestinos ; de Israel.





17 UNICAMP 2006 EUROPA CONTEMPORÂNEA

Todos os legisladores do século XVIII concordavam que o Estado britânico existia para preservar a propriedade e, incidentalmente, as vidas e liberdades dos proprietários.

(Adaptado de E.P. Thompson, Senhores e Caçadores: a origem da lei negra.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p 21.)

a) A partir da afirmação de E. P. Thompson, caracterize o pensamento político presente no Estado britânico do século XVIII.

b) Identifique duas características dos Estados europeus do pós-segunda guerra mundial que os diferenciava do Estado britânico, descrito por E.P. Thompson.





18. FUVEST 2006 AMÉRICA LATINA REVOLUÇÕES SÉCULO XX

Na América Latina, no século XX, aconteceram duas grandes revoluções: a Mexicana de 1910 e a Cubana de 1959. Em ambas, os

a) camponeses sem terra lideraram sozinhos os movimentos.

b) EUA enviaram tropas que lutaram e quase derrotaram os rebeldes.

c) grupos socialistas iniciaram a luta armada, tornando hegemônicas suas idéias.

d) revolucionários derrubaram governos autoritários e alcançaram a vitória.

e) programas revolucionários foram cópias de movimentos europeus.





19. FUVEST 2006 AMÉRICA LATINA POLÍTICA EXTERNA AMERICANA

A política externa dos Estados Unidos com relação à América Latina, na segunda metade do século XX, se pautou

a) pelo modelo criado pela Política de Boa Vizinhança (PBV), em particular nos momentos de rejeição às intervenções armadas.

b) por tratados de comércio nos quais os participantes recebem tratamento simétrico em nome dos princípios do pan-americanismo.

c) pelo papel decisivo dos EUA nas diretrizes da Organização dos Estados Americanos (OEA), em especial no tocante a Cuba.

d) pela defesa constante da democracia no continente, inclusive no período das ditaduras militares no Cone Sul.

e) pela escolha da América Latina, como principal alvo político e mercado de investimentos, escalonada depois da Europa e Ásia.



20 UNICAMP 2006 PERONISMO

A roupa de Eva Perón foi um negócio de Estado para um regime que descobriu as formas modernas da propaganda política. As publicações ilustradas do regime levaram adiante uma política altamente visual, em que dezenas de fotografias diárias difundiam as imagens dos líderes. A escolha dos vestidos de Eva não foi uma tarefa banal. Eva foi amada por sua obra e pela maneira como se apresentava publicamente. (Adaptado de Beatriz Sarlo, A paixão e a exceção: Borges, Eva Perón, Montoneros. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Ed UFMG, 2005, p. 78-79.)

a) Quais os significados da escolha dos vestidos de Eva Perón?

b) Caracterize o peronismo.

c) Qual a ação política de Eva Perón durante o governo de Juan Domingo Perón (1946-1955)?



21. EUA E AMÉRICA LATINA SÉCULO XX FGV DIREITO 2006

O texto e a ilustração abaixo são documentos importantes sobre a política externa dos Estados Unidos. Depois de ler e observar os dois documentos históricos, responda as questões.

O Texto

“Tudo o que este país deseja é ver que nos países vizinhos reina a estabilidade, a ordem e a prosperidade. Todo Estado cujo povo se conduza bem pode contar com nossa cordial amizade. Se uma nação se mostrar capaz de atuar com eficiência e decência do ponto de vista social e político, se mantém a ordem pública e cumpre com suas obrigações, não deverá temer intervenções

dos Estados Unidos. No entanto, uma desordem crônica ou uma impotência resultante do relaxamento geral dos laços da sociedade poderia exigir da América, como em qualquer outra parte, a intervenção de uma nação civilizada.”

(Mensagem do presidente Theodore Roosevelt ao Congresso dos Estados Unidos em 1904)

A Imagem (Visita do presidente Franklin Delano Roosevelt ao Nordeste brasileiro, em 1943)

C.a) Como foi chamada a política do presidente Theodore Roosevelt e quais os seus resultados em alguns países latino-americanos?(7)

C.b) O que mudou na política dos Estados Unidos em relação à América Latina a partir dos anos 30, com a presidência de Franklin Delano Roosevelt? (8)

C.c) Uma outra etapa da política norte-americana em relação à América Latina foi a chamada Aliança para o progresso. Em que consistiu essa política e de que forma ela se relacionou com a Revolução Cubana?(9)



22. FUVEST 2006 AMÉRICA LATINA DÍVIDA EXTERNA

A dívida externa da América Latina passou de aproximadamente US$ 280 bilhões em 1980 , para US$ 780 bilhões em 2000 , crescendo contínuamente neste período.

O aumento da dívida externa na América Latina, evidenciado no gráfico, ocorreu, principalmente, devido

a) à ampliação das trocas comerciais entre países.

b) ao desequilíbrio comercial em relação aos países ricos.

c) ao importante incremento do capital especulativo.

d) à queda do PIB e à valorização das “commodities”.

e) ao aumento das taxas de juros externos.







23 UNESP 2006 AMÉRICA LATINA E CHILE ECONOMIA

CHILE E AMÉRICA LATINA INDICADORES SOCIAIS EM 2004

indicadores Chile América Latina

PIB per capita em US$ 5.800 2.800

aumento export. 10 anos 100% 85%

média anual cres. PIB últimos 20 anos

5,5% 2,6%

inflação 2,5 7,7

desemprego 8,8% 10,0%

taxa analfabetismo 4% 11%

média anos de estudo 9 8

população que vive com menos US$ 2 por dia

9% 43%

mortes por assassinatos por 100.000 hab

3 23

mortalidade infantil por 1000 nascidos vivos

8 27

expectativa de vida ao nascer

76 72

(OMS, UNESCO e UNICEF, 2005.)





A tabela contém indicadores socioeconômicos do Chile e da média de todos os países da América Latina.

Analisando-se a tabela, pode-se afirmar que:

a) a diferença entre os dados socioeconômicos do Chile e a média da América Latina é muito pequena na maior parte dos indicadores.

b) em todos os indicadores socioeconômicos, o Chile apresenta resultados melhores do que a média da América Latina.

c) a diferença entre os dados socioeconômicos do Chile e a média da América Latina é muito pequena apenas nos indicadores desemprego, média de anos de estudo e taxa de analfabetismo.

d) em todos os indicadores socioeconômicos, o Chile apresenta valores inferiores à média da América Latina.

e) a diferença entre os dados socioeconômicos do Chile e a média da América Latina é muito grande apenas nos indicadores PIB per capita, inflação e expectativa de vida.







24 UFSCAR 2006 AMÉRICA LATINA CONTEMPORÂNEA

Leia os dois textos seguintes.

Texto 1:

Os militares assumiram o governo do país em 1973. Consolidaram uma ditadura até 1990. Com o fim da ditadura, os partidos políticos unidos – numa frente denominada de La Concertación – reestruturaram o regime democrático, com avanços sociais e políticos,

mas com a manutenção de diretrizes econômicas liberais do governo anterior. Após duas gestões da Democracia Cristã, tomou posse em 2000 um presidente, representante do partido socialista, que assumiu o governo após uma grave crise que levou a população a experimentar um processo de recessão econômica. Esta situação ocasionou elevadas taxas de desemprego e o aumento das desigualdades sociais, apesar do país ostentar uma posição invejável, em termos de desenvolvimento humano, entre os países da América Latina.

Texto 2:

Terra de Simon Bolívar, com uma economia dependente em 80% do petróleo, em 1998 uma coligação entre forças socialistas, aliadas com militares, chegou ao poder e tentou implementar um programa de mudanças. Em 2001, em oposição a uma série de leis aprovadas, o país viveu um movimento de oposição ao governo. Em 2002, o presidente chegou a ser deposto e o novo governo só conseguiu se manter por 48 horas, reassumindo o presidente anterior. Em 2004, foi realizado um plebiscito, quando o presidente interino foi

confirmado no poder.

É correto afirmar que os textos 1 e 2 correspondem, respectivamente, à história recente

a) da Argentina e do Uruguai.

b) do Chile e da Venezuela.

c) do Brasil e da Colômbia.

d) do Paraguai e do Peru.

e) Da Bolívia e da Guiana.



25 UNESP 2006 MERCOSUL

Como venho dizendo, Nestor Kirchner não está aí para brincadeiras, só se forem de mau gosto. Toda hora é uma canelada. Ou ele não aparece nas reuniões de presidentes, ou veta a participação de seu chanceler, ou solta uma nota irônica. Pode ser ciúme, por causa do

decantado “protagonismo” brasileiro, da balança comercial favorável ao Brasil ou desse ar de bom-moço que o governo Lula assumiu com organismos internacionais e com o tal do mercado. (Eliane Cantanhêde, Folha de S.Paulo, 03.05.2005.)

O texto jornalístico indica alguns obstáculos no caminho do entendimento dos países da América do Sul, tais como

a) os subsídios concedidos pelo Estado brasileiro aos produtos agrícolas de exportação e a expansão industrial da Argentina.

b) as diferenças de organização política num e noutro país, democracia no Brasil e autoritarismo estatal na Argentina.

c) a oposição brasileira à participação da Argentina nas organizações internacionais e o esforço do Brasil de participar do Grupo dos Oito.

d) o apoio brasileiro ao governo populista venezuelano e a ausência de um projeto brasileiro para a América Latina.

e) a desigualdade nas relações econômicas entre os dois países e as particularidades de suas políticas externas.







26. FUVEST 2006 MERCOSUL

Nos últimos anos, o MERCOSUL

a) dificultou relações econômicas com países andinos.

b) influenciou na consolidação da ALCA.

c) enfrentou dificuldades políticas para consolidar-se.

d) evitou conflitos econômicos regionais.

e) foi reconhecido na ONU como foro multilateral.



27 UFSCAR 2006 ECONOMIA MEXICANA

O México apresenta grande número de empresas maquiladoras

a) O que são empresas maquiladoras?

b) Justifique a concentração espacial dessas empresas no México.







28 UNESP 2006 ECONOMIA MUNDIAL

... a ampliação do comércio foi acompanhada de um retardamento drástico do progresso econômico real. Entre 1960 e 1980, a renda per capita média mundial subiu ainda em 83%. Nas duas décadas seguintes, a taxa de aumento desceu exatamente para 33%. Esse freio no crescimento atingiu os países em desenvolvimento de modo particularmente duro. Na América Latina, onde a renda per capita cresceu 75% de 1960 a 1980, os vinte anos seguintes trouxeram nada mais que 6%. (Christiane Grefe. Attac: o que querem os críticos da globalização, 2005.)

O texto apresenta um quadro da situação econômica mundial contemporânea. Entre os fatores capazes de explicar os dados referentes aos últimos vinte anos, destacam-se

a) o afluxo e a súbita retirada do capital financeiro, que determinam o ritmo do crescimento econômico de países em desenvolvimento.

b) a retração das trocas econômicas e a falta de dinheiro líquido e de capital nos mercados dos países capitalistas centrais.

c) a nacionalização de empresas estrangeiras e a ampliação da legislação trabalhista nos países em desenvolvimento.

d) a emergência de regimes anticapitalistas na América Latina e a suspensão do pagamento de suas dívidas para com os credores.

e) a intervenção estatal na esfera econômica e a redução internacional dos conflitos, o que provocou a queda na produção de armamentos.







29 MACKENZIE 2006 TIGRES ASIÁTICOS

A Coréia do Sul, como os demais países do bloco conhecido como Tigres Asiáticos, vem apresentando, na atualidade, um grande desenvolvimento econômico, com grandes ganhos financeiros. Para esses países, não basta apenas exportar, é necessário ampliar as

exportações de produtos de valores agregados. Isso quer dizer que

a) todo o sistema produtivo está organizado em grandes holdings exclusivamente nacionais, que agregam uma diversidade de setores.

b) quanto maiores forem a tecnologia e as informações necessárias para produzir a mercadoria, maior será a rentabilidade.

c) as exportações priorizam os países do bloco a que pertencem; portanto, apresentam ganhos devido à proximidade dos parceiros.

d) os Estados Nacionais atuam como gerenciadores, existindo uma forte presença e participação dos governos no sistema produtivo.

e) as grandes reservas de matérias-primas em seus territórios garantem um menor custo na produção de bens para as exportações.



30 MACKENZIE 2006 GLOBALIZAÇÃO

O termo globalização expressa um processo, sobretudo de natureza econômica, atualmente em curso, que atinge dimensão planetária. Entre as características principais da globalização, destacam-se:

I. a descentralização espacial das funções produtivas entre vários países e continentes.

II. o fortalecimento dos Estados Nacionais, aumentando o papel do Estado como administrador das economias e provedor do bem estar social.

III. o crescimento das discussões internacionais sobre o meio ambiente, em função de pressões de ONGs e da relativa ampliação da consciência ecológica.

São corretas as características:

a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) apenas II. d) II e III, apenas. e) I, II e III.





31 MACKENZIE 2006 GLOBALIZAÇÃO

(...) a cena econômica mundial foi atingida por um processo de redistribuição global da produção que criou novas prioridades na indústria; conturbou radicalmente a hierarquia entre os sistemas econômicos nacionais, tornando obsoleta a distinção entre países produtores e países consumidores; impôs novos modelos de integração econômica.

Domenico De Masi, A sociedade pós-Industrial

O texto refere-se

a) à Divisão Internacional do Trabalho clássica, que estabelece padrões comerciais entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

b) à Nova Divisão Internacional do Trabalho, com transferência de indústrias de média e baixa tecnologia para países em processo de industrialização.

c) ao intenso processo de fusão ocorrido no início de capitalismo financeiro, que irá formar grandes conglomerados.

d) à crise de 1929, em que a superprodução implodiu a economia americana e afetou a economia global.

e) à grande oportunidade dos países pobres se industrializarem e superarem o atraso econômico contraído durante décadas de exploração.



32 UNIFESP 2006 GLOBALIZAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Numa rede mundial de comunicações, a eficiência e a centralidade são essenciais em setores onde se requerem interações pessoais de tomadores de decisões importantes.

(Harvey, 2005:177)

De acordo com o texto, é preciso

a) capacitar mão-de-obra industrial para o mercado de trabalho globalizado.

b) democratizar as informações e ampliar a participação popular nas decisões.

c) propor metas educacionais de médio prazo para formar tomadores de decisão.

d) investir mais em transporte e em transmissão de dados que na educação superior.

e) formar intelectuais capazes de instruir executivos de grupos transnacionais.





33 UFSCAR 2006 GLOBALIZAÇÃO

Aconteceu num debate, num país europeu. Da assistência, alguém me lançou a seguinte pergunta: – Para si o que é ser africano? Falava-se, inevitavelmente, de identidade versus

globalização. Respondi com uma pergunta: – E para si o que é ser europeu? O homem gaguejou. Ele não sabia responder. Mas o interessante é que, para ele, a questão da definição de uma identidade se colocava naturalmente para os africanos. Nunca para os europeus. Ele nunca tinha colocado a questão ao espelho. (Mia Couto. In: Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula. Visita à História Contemporânea,2005.)

Segundo o texto, o autor

a) valoriza a idéia de que existe uma identidade natural entre os povos europeus, favorecendo a globalização.

b) denuncia a idéia genérica, presente entre os europeus, de que há uma suposta identidade natural entre os africanos.

c) lembra o fato de que a Europa tem uma história de tendência à globalização, em função da ausência de conflitos entre seus Estados-nação.

d) defende a existência de uma essência natural do que é ser europeu e do que é ser africano.

e) indica os valores culturais e nacionais europeus e africanos como fundadores do processo de globalização.





34 UFSCAR 2006 TERRORISMO

Há dois tipos de terrorismo. Um, de longa tradição histórica, é político. Usa o terrorismo para propagandear sua causa e inculcar o medo na população civil inimiga. Normalmente é utilizado por movimentos de libertação nacional. A associação desse terrorismo com o islamismo é errônea. (...) O outro tipo de terrorismo, mais recente, é civilizacional. Seu objetivo não é chamar atenção para algum conflito. Quanto muito, usam-no como desculpa. (...) este se sente perpetuamente vitimado. (...) Sua mensagem é: ninguém está seguro.

(Gustavo Ioschpe. Folha de S.Paulo,07.08.2005.) A partir das duas definições apresentadas pelo autor do texto, é exemplo de grupo terrorista do segundo tipo:

a) OLP – Organização para a Libertação da Palestina.

b) AL-QAEDA – grupo extremista islâmico.

c) IRA – Exército Republicano Irlandês.

d) HAMAS – grupo que luta pelo Estado palestino islâmico.

e) ETA – grupo separatista basco.





35. TERRORISMO E POLÍTICA GLOBAL FGV DIREITO 2006

Desde o final da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos de 1990, o mundo viveu sob a égide da Guerra Fria, expressão usada para designar o confronto político, econômico e ideológico entre o Capitalismo e o Socialismo. A fragmentação da URSS, a queda do Muro de Berlim e outros acontecimentos na Europa Oriental tornaram esse confronto superado. Ao ataque ao World Trade Center, em Nova Iorque, em setembro de 2001, têm se seguido outros eventos terroristas, como o estouro de bombas nos metrôs de Madri e de Londres. No bojo desses mesmos acontecimentos, insere-se a decisão estadunidense de atacar o Iraque.

B.a) Qual natureza de mudanças esses ataques expressam nos confrontos entre países e nações no mundo atual ?

B.b) Analise os interesses econômicos que estão subjacentes a esses conflitos.







36 MACKENZIE 2006 TERRORISMO EUA

As horripilantes atrocidades cometidas em 11 de setembro são algo inteiramente novo na política mundial, não em sua dimensão ou caráter, mas em relação ao alvo atingido. (...) Se quisermos refletir sobre esta questão, devemos reconhecer que em grande parte do mundo os EUA são vistos como um Estado líder do terrorismo, e por uma boa razão. Podemos considerar, por exemplo, que em 1986 os EUA foram condenados pela Corte Mundial por “uso ilegal da força”, ou seja, terrorismo internacional [pelos ataques militares e boicotes econômicos contra a Nicarágua sandinista] (...) Apoiar as atrocidades cometidas por Israel, ou apoiar o massacre de populações curdas pela Turquia, que recebeu da administração Clinton 80% dos armamentos lá utilizados, são outros exemplos substanciais.(...) É difícil escapar da conclusão de que, em um nível mais profundo, muito embora possamos negá-lo para nós mesmos, nós encaramos nossos

crimes contra os mais fracos como tão normais quanto o ar que respiramos.

Entrevista de Noam Chomsky, intelectual norteamericano, sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001

Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que melhor se deduz do trecho acima.

a) Os EUA têm obrigado seus aliados militares a praticar o terrorismo como forma de resolver problemas étnicos internos, caso da Turquia e de Israel.

b) O apoio a governos que praticam atrocidades contra sua população é justificado pelos EUA com o argumento da necessidade de garantir a segurança nacional americana.

c) A condenação dos EUA pela Corte Mundial, em 1986, tornou o país vulnerável a ataques terroristas como os de Nova Iorque e Washington em 2001.

d) Por serem frágeis do ponto de vista militar, os governos de países islâmicos têm apenas o terrorismo como forma de luta contra a dominação econômica imposta pelos EUA.

e) Embora os ataques de 11 de setembro sejam exemplos de terrorismo, suas causas se encontram na reação ao terrorismo de Estado praticado por nações poderosas como os EUA.





37. JAPÃO EVOLUÇÃO POLÍTICA FGV DIREITO 2006

O Japão é um país pequeno, localizado em arquipélago montanhoso, com poucos recursos naturais e cerca de 125 milhões de habitantes. Em meados do século XIX, era, ainda, um país feudal, mas, a partir de 1868, iniciou seu processo de modernização. Viveu a primeira

metade do século XX envolvido em conflitos militares (com os russos no Extremo Oriente, com a Coréia, com a China e, depois, na segunda Guerra Mundial).

C.a) Analise os fatores que possibilitaram ao Japão tornar-se a segunda potência econômica mundial. (7)

C.b) Por que esse país não ocupa posição equivalente na geopolítica atual? (8)









Questões 38 E 39 PUC SP 2006 UNIÃO EUROPÉIA

Leia com atenção:

“Hoje é um marco no relacionamento entre a Europa e a Turquia. Uma Turquia estável, moderna e democrática é um objetivo que devemos apoiar ativamente na União Européia e na Turquia [...] É claro que o caminho em direção a admissão da Turquia será longo e difícil [...] As negociações devem ser justas e rigorosas [...] A Turquia será tratada da mesma forma como os outros candidatos. E terá que respeitar estritamente os requisitos sobre a democracia, os direitos humanos e o papel da lei para se juntar ao clube. A Europa deve

aprender mais sobre a Turquia. E a Turquia deve conquistar corações e mentes dos cidadãos europeus [...]” (Declaração do presidente da Comissão Européia, José Manuel

Barroso, na abertura das negociações para a admissão da Turquia, no dia 03 de outubro de 2005. In: Site da Delegação Européia no Brasil, www.delbra.cec.eu.int/)



38. Sobre as negociações para a admissão da Turquia na União Européia pode ser dito que

a) a Turquia não tem grandes interesses econômicos e políticos para ingressar na União Européia, mas está sendo pressionada pela entidade européia em razão de uma estratégia geopolítica do ocidente que visa, via Turquia, ampliar sua influência no Oriente Médio.

b) há uma rejeição popular na Europa e de alguns países da UE à Turquia por temerem o ingresso de um país que sozinho representaria quase a metade da população da entidade européia, o que daria a ele força excessiva no parlamento europeu.

c) algumas das dificuldades para se admitir a Turquia na União Européia se relacionam ao temor de que o fato de a população turca ser 99,8% muçulmana significaria uma influência muito perigosa numa Europa que não tem a experiência de convívio com

muçulmanos.

d) com exceção de parte da cidade de Istambul, o restante do território turco não pertence à Europa e com a admissão desse país na UE, formalmente a Europa passaria a ter fronteiras com países considerados como problemáticos (Iraque, Síria e Irã, por exemplo).

e) a União Européia interessa-se em atrair a Turquia para sua entidade, porque desse modo teria acesso mais garantido e facilitado à mão-de-obra turca, um recurso importante para uma Europa carente de recursos humanos, em razão dos baixos índices de

natalidade.



39 PUC SP 2006 UNÃO EUROPÉIA

Sobre o processo de consolidação e ampliação da União Européia é correto afirmar que

a) o objetivo da UE é a constituição de bloco militar cuja atuação permita a implementação de uma política externa e de segurança comum entre os membros, como já demonstrou a questão da Guerra no Iraque.

b) a União Européia é uma das zonas mais ricas do mundo. Entretanto, existem disparidades internas significativas entre as suas regiões, em termos de rendimentos e de oportunidades, que foram agravadas com a recente ampliação de seus membros.

c) na União Européia os Estados componentes abrem mão de sua soberania em temas militares e, por isso, passam a cumprir decisões coletivas. Foi como uma entidade única que a UE votou, por exemplo, a favor da invasão do Iraque na ONU.

d) a UE vem, recentemente, estimulando as nações da Europa do leste (Hungria, Eslováquia, República Checa, Albânia e Romênia, por exemplo) a ingressarem na entidade, por temer que elas caiam sob o controle da Rússia.

e) por causa de objetivos geopolíticos relacionados ao combate ao terrorismo, a UE está relaxando nas exigências para os países que querem uma vaga no “clube”, tal como no caso atual da candidatura da Turquia, país antidemocrático pelo fato de ser uma república islâmica.







40 FUVEST 2006 UNIÃO EUROPÉIA

Total de investimentos realizados na União Européia entre 1989 e 1999 US$ bilhões

Reino Unido 440 Bélg.Lux 420

Alemanha 340 França 290

Holanda 240 Suécia 150

Espanha 140 Irlanda 65

Itália 60 Dinamarca 51

Polônia 50 Finlândia 40

Portugal 35



Obs: valores aproximados.



O quadro aponta o total de investimentos realizados na União Européia entre 1989 e 1999.

Pode-se afirmar que o aporte de capital feito

I – à Bélgica-Luxemburgo está relacionado à presença da sede da União Européia em Bruxelas.

II – à Península Ibérica foi menor que 250 bilhões de dólares em função de sua distância dos centros financeiros europeus.

III – ao Reino Unido foi reforçado pelo apoio à política externa dos Estados Unidos.

IV – à Escandinávia foi menor que 150 bilhões de dólares, apesar da presença de empresas de alta tecnologia.

Está correto apenas o que se afirma em

a) I e II.

b) I e III.

c) I, III e IV.

d) II e IV.

e) II, III e IV.



41 PUC SP 2006 IDEOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS

“Para nós, a autoridade não é necessária à organização social; ao contrário, acreditamos que ela é sua parasita, que impede sua evolução e utiliza seu poder em proveito próprio de uma certa classe que explora e oprime as outras. Enquanto houver harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto ninguém quiser ou puder explorar os outros, não haverá marcas de autoridade; mas, quando surgirem lutas internas e a coletividade se dividir em vencedores e vencidos, então a autoridade aparecerá, autoridade que, naturalmente, estará a serviço dos interesses dos mais fortes e servirá para confirmar, perpetuar e reforçar sua vitória.” (Enrico Malatesta. Textos escolhidos. Porto Alegre: LPM, 1984, p. 25)

O fragmento acima defende postura

a) humanista: acredita na harmonia entre os homens e opõe-se a qualquer tipo de conflito social.

b) anarquista: rejeita a necessidade da autoridade e a vê como instrumento de poder e de dominação.

c) autoritária: concebe a autoridade como natural e exclui qualquer tentativa de utilizá-la na vida em comunidade.

d) socialista: critica a autoridade exercida pela classe dominante e defende o poder nas mãos dos trabalhadores.

e) liberal: celebra o valor universal da liberdade e recusa a imposição da vontade de uns sobre outros.







42 UFSCAR 2006 MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS E REFUGIADOS

Leia o texto seguinte, sobre a questão das migrações internacionais e dos refugiados.

Em relação ao passado, há pelo menos três fatores que modificaram a abordagem sobre a temática dos refugiados: o fim da guerra fria, os atentados de 11 de setembro e o acirramento dos fluxos migratórios internacionais (...) A queda do Muro de Berlim reduziu

as razões ideológicas que estavam na origem do compromisso de alguns países em abrigar refugiados e refugiadas. Por sua vez, os atentados das Torres Gêmeas de Nova York provocaram um endurecimento das políticas imigratórias, inclusive aos solicitantes de proteção internacional. Finalmente, a intensificação dos fluxos migratórios, além de exarcebar medos e preconceitos xenófobos, contribui para dificultar os procedimentos de determinação da condição de refugiados.

(Marinucci, R. & Milesi, R. Migrações Internacionais Contemporâneas. Instituto Migrações e Direitos Humanos. [www. migrante.org.br]. Acessado em 02.09.2005.)

O texto faz referência à questão dos refugiados e das migrações internacionais. Sua leitura permite-nos afirmar que:

a) a queda do muro de Berlim e o atentado das Torres Gêmeas de Nova Iorque, por terem a mesma motivação ideológica, provocaram o endurecimento na concessão de asilo a refugiados.

b) o compromisso de alguns países em abrigar refugiados durante a Guerra Fria decorria da

orientação políticoideológica, por isso as concessões de abrigo ocorriam entre os países de um mesmo bloco político-ideológico.

c) os preconceitos xenófobos contra refugiados decorrem do fato de que estes têm sido responsabilizados por ataques terroristas recentes, ocorridos em países receptores de migrantes.

d) o aumento do fluxo migratório, baseado sobretudo em razões de ordem econômica, fez endurecer as políticas de recepção, o que acaba se refletindo na redução de concessões de asilo a refugiados.

e) com o fim da Guerra Fria e a redução dos conflitos armados, quase não há populações na condição de refugiados e sim migrantes econômicos que se “disfarçam” de refugiados para entrarem legalmente em outros países.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui