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Artigos-->Giramondo Caffè - um oásis no Centro de São Paulo -- 18/01/2006 - 17:16 (PAULO SERGIO RUSSO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Giramondo Caffe - um oásis no centro de São Paulo







Faz sete anos que trabalho no centro de São Paulo. Após ter trabalhado durante quase vinte anos no Itaim Bibi, um bairro nobre com lojas e restaurantes finos, desembarquei na Xavier de Toledo, repleta de camelôs, pedintes, trombadinhas, menores cheirando cola em plena luz do dia. Tudo isso em meio aos “rapas” e passeatas de protesto pelos mais variados motivos. Confesso que foi um verdadeiro choque cultural, além da sensação de aventura ao ter que passar pela Ladeira da Memória, com seu pequeno obelisco completamente graffitado, com a sensação de “assalto a qualquer instante”. Diga-se de passagem que o obelisco foi totalmente recuperado pelo prefeito José Serra.

Mas confesso que aprendi a gostar do Centro. Na minha infância, um passeio pelo Centro da cidade era um evento e tanto. Lojas requintadas, pessoas bonitas, um cheiro de progresso no ar. Bem diferente do odor de banheiro público que somos obrigados a respirar nos dias de hoje. Lembro ainda da Leiteria Paulista (já desativada), que servia um chá das cinco com talheres de prata. Nem o Mappin existe mais!

No meio de toda esta “Selva de Pedra” , descobri o Caffé Giramondo, de propriedade do Aldo, encravado na rua Marconi quase esquina com a 7 de Abril. Aldo, após viver por 10 anos em “Firenze”, trouxe na bagagem sua máquina de café italiana e o know-how de como preparar um legítimo expresso italiano. No comando, ele mesmo prefere tirar o café, utilizando pó de primeira linha e sempre ao gosto do freguês, mesmo dos mais exigentes.

- Quero um três quartos com um pingo de leite!

- O meu é curto com a xícara quente, mas com a asa fria, solicita um outro.

O grande diferencial do Giramondo é o atendimento. Lá, freqüentado na sua maioria por executivos que resistem ao Centro, todo cliente tem nome e sobrenome, além de ter o seu tipo de café preferido já decorado por todos os funcionários. O espaço, apesar de acanhado, sempre comporta mais um cliente afoito por um café. Cliente tem até o direito de inventar sanduíches e colocar o seu nome no mesmo. É o caso do “Francesco”, um pão torrado com uma fatia de queijo branco por cima, inventado por um cliente.

Aldo é um mestre na arte do atendimento. Segue à risca a filosofia de que não basta atender bem, mas é preciso encantar o cliente. Dessa forma, enfrenta a concorrência de vinte e nove outros pontos de venda de café existentes no seu quarteirão. Pelo segundo ano consecutivo, figura como um dos melhores cafés citados pela “vejinha”. Já foi convidado para proferir palestras sobre atendimento, mas não aceitou. “O meu negócio é vender café”, justifica Aldo.

Entre uma frase italiana e outra, estimula e cobra dos seus funcionários um atendimento perfeito.

Como viciado em café, freqüento o Giramondo todos os dias. Às vezes, espremido entre um cliente e outro. Desconforto logo superado ao ouvir:

-Paulinho, tutto a posto??

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