ffdd11>No próximo dia 11 de Junho, perpassando sob a memórica ambiência camoniana, inicia-se a participação dos países de expressão lusófona no Mundial de Futebol, desta feita reforçados pela surpreendente presença de Angola, que assim faz auspiciosa estreia e companhia ao incontornável Brasil - expoente máximo da modalidade - e a Portugal, agora também conduzido, tal como em 1966 por Otto Glória, sob a batuta de um mestre brasileiro: Filipe Scolari.



Nos Grupos D e F, oito jogos estarão, em princípio, sob a retina dos cerca de 300 milhões de lusofalantes espalhados pelo globo de lés a lés, naturalmente empenhados no êxito das selecções que se entendem e jogam em português.

Decerto, pois, à hora dos jogos, nos quatro cantos do mundo, os ferrenhos adeptos do futebol pararão para sentar-se defronte ao televisor e contemplar emotivamente as caprichosas nuances do mais benquisto, concorrido e aplaudido desporto do planeta.



O calendário a cumprir, numa primeira análise avaliativa, parece não apresentar dificuldades de tomo às nossas selecções, se bem que em futebol, inopinadamente, tudo é possível, desde o mais glorioso efeito à mais decepcionante frustação. Todavia, praza que os três conjuntos em apreço logrem o apuramento para a fase imediata a fim de que mais e mais abrilhantem e empolguem o entusiasmo do idioma português, exaltando-o de incontida emoção no delicioso e riquíssimo vocabulário que é peculiar ao futebol na sua mágica plástica sob o esplendor que os magnifícos craques da bola fazem singularmente desencadear. E então... Ó se nos desse para bem jogar a bola com o mundo!...

António Torre da Guia