"O Povo é quem mais ordena"
Nunca a democracia política se terá exprimido tão bem e explicitamente em Portugal como em 2005, período culminante de uma estranha crise económica que persiste furar os forros aos bolsos dos portugueses.
Primeiro, o eleitorado confiou ao engº. José Sócrates a governação, sem dúvida a figura que concitou o voto no PS, que alcançou uma maioria nunca dantes lograda. Depois, recusou as câmaras de Lisboa e do Porto, respectivamente, a Carrilho e a Assis. Também, surpreendentemente, em Gondomar, Felgueiras, Amarante e Oeiras, entre curiosas tendências enviesantes, o povo provou sem equívoco que escolhe quem quer, apesar de todas as oposições e labéus.
Em 22 de Janeiro próximo os cidadãos vão mais uma vez exprimir-se para eleger o chefe do Estado, crucial representante da dignidade do País, uma nação que se alicerça em mais de oito séculos de história brilhantemente civilizadora.
Assim, o cérebro colectivo nacional parece saber muito bem o que a casa gasta e precisa, independentemente do folclore e da cantilena em campanha, demonstrando sobretudo que está farto de brincadeira, de bananeira, de nefasta iresponsabilidade e que já nada tem a ver com as concepções do inesquecível Bordalo Pinheiro.
Torre da Guia |