Ah... Brasucas Amigos, por cá, politicamente, parece que, enfim-ufa, temos agora um líder possivelmente capaz de retirar este paíseco da estagnação em que estrebucha desde o abrilino dia da nossa enorme decepção. Pacientemente, José Sócrates está arrumando a casa com alguma eficiência, afrontando vigorosamente os arautos da facilidade e a exagerada comodidade dos mangas de alpaca que, há tanto tempo, jogando o sério, têm levado uma boa-vai-ela em intensa brincadeira.
No Brasil, pelos vistos, Lula continua vendo muitíssimo bem ao perto - está dominado pela reeleição - e a ver o zero da fome, ao longe, cada vez mais a empolar-se, ou, quiçá, não veja mesmo nada, nem sequer acredite que o próximo voto cairá muito longe dele, por forma a afastar a onda de corruptos que levou atrás de si para o poder.
Genericamente avaliando, Lula está a ser para o Brasil muito pior de que Collor de Mello. Pelo menos, do que consta, um ladrão só é bem melhor do que uma quadrilha.
Pois, de caras, os parlamentares brasileiros, como ganhavam já muito pouquinho e gorado o "mensalão", vai daí, decidiram auto-aumentar-se, quem sabe se, desde já, para atirar com a carga para cima do próximo asno que vier.
De resto, como se constacta, os pobres, os mais carentes e os que sobrevivem em extrema miséria, terão de continuar a fazer lupa - lente de aumento - do "zero-fome", única forma de colocar o zero sobre um pão e aumentá-lo para o dobro.
Também, como bem se vê, ouve e lê, Lula sequer dá pela palhacice que está encabeçando, ora metendo as mãos nos pés, ora os pés nas mãos, enquanto a bandalheira vai metendo quanto pode, mas nos bolsos.
Ah... Brasucas, o que vale, é que não há mal que nunca acabe nem bem que sempre dure: a água vai batendo à espera que a pedra fure.
Eu, sem nada ter a ver com isso, espanto-me como um calhau tão grande passou pela porta de Brasília.
Saravá.
António Torre da Guia |