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Artigos-->A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA -- 08/12/2005 - 10:37 (JOÃO DE FREITAS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Os cristãos herdaram dos hebreus a crença de que o sexo é um pecado, e talvez também que a relação sexual foi o primeiro pecado humano, sendo assim o sexo uma mácula na mulher. Essa crença associada a mitos de outros povos deu origem à chamada imaculada conceição de Maria.



Para os hebreus, o sexo era um pecado. Outrossim, a mulher que desse à luz um menino ficaria imunda durante sete dias, e a que desse à luz uma menina ficaria imunda quatorze dias, passando a seguir por um período de purificação (Levíticos, 12: 1-7).



Segundo a Bíblia, o profeta Isaías recebera de Yavé uma mensagem do futuro de seu povo. Como sinal, Yavé lhe teria dito que a virgem que ele tomaria por esposa daria à luz um filho, e o evento danoso viria antes que esse menino soubesse escolher entre o bem e o mal, ou mesmo que soubesse falar.



“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, será desolada a terra dos dois reis perante os quais tu tremes de medo. Mas o Senhor fará vir sobre ti, e sobre o teu povo e sobre a casa de teu pai, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá, isto é, fará vir o rei da Assíria.” (Isaías, 7: 14-17).

Prossegue um pouco adiante:

“E fui ter com a profetisa; e ela concebeu, e deu à luz um filho; e o Senhor me disse: Põe-lhe o nome de Maer-Salal-Has-Baz. Pois antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco, e os despojos de Samária, diante do rei da Assíria.” (Isaías. 8: 3). Aí ficou mais claro de quem o profeta falava. A VIRGEM referida era a profetisa que o profeta teria tomado como esposa. E isso teria ocorrido nos dias em que a Assíria se apoderou de Israel.



Alguns povos conhecidos dos hebreus, entre eles os persas e romanos, tinham o mito de um deus nascido de uma virgem, morto e ressuscitado. Os romanos criam que o deus Dionísio nascera de uma virgem, morrera em uma cruz e ressuscitara, tendo poder para dar vida eterna aos que nele cressem.



Os hebreus não conheciam a crença na ressurreição ante do cativeiro babilônico (Ver A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS). Entre os babilônicos e os persas, é que eles incorporaram essa idéia em sua fé. Essa é a razão de o grupo judeu dos saduceus não aceitarem essa crença. Eles a rejeitavam por que ela não fazia parte da lei divina que eles conheciam (lei de Moisés).



Quando Jesus foi executado na cruz, seus discípulos, adeptos da crença na ressurreição dos mortos, passaram a pregar ao mundo que Jesus havia ressuscitado e retornaria com poder divino para estabelecer o reino eterno. O apóstolo Paulo até acreditava que ainda estaria vivo quando Jesus regressasse. Disse: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. (I Tessalonicenses, 4: 16, 17).



Depois que os romanos destruíram a cidade de Jerusalém (ano 70), as comunidades formadas pelos apóstolos escreveram os evangelhos. Nesse evangelhos foram usados vários textos dos profetas e dos salmos dando-lhes uma interpretação adaptada a Jesus, de forma a dar autenticidade à crença de ser ele o rei salvador prometido pelos profetas. Entre os textos adaptados, a comunidade de Mateus usou o texto de Isaías para dar a Jesus mais uma das características que os romanos davam a Dionísio: um deus nascido de uma mulher virgem:



Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mateus, 1: 22, 23).



Vejamos o texto citado:



“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, será desolada a terra dos dois reis perante os quais tu tremes de medo. Mas o Senhor fará vir sobre ti, e sobre o teu povo e sobre a casa de teu pai, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá, isto é, fará vir o rei da Assíria.” (Isaías, 7: 14-17).



Note o leitor que o menino nascido da virgem estaria ainda muito pequeno nos dias da tomada de Israel pela Assíria. Isso já deixa claro que não se tratava de Jesus, que existiu seis séculos depois do domínio assírio.



Um pouco adiante, teria dito o profeta:



“E fui ter com a profetisa; e ela concebeu, e deu à luz um filho; e o Senhor me disse: Põe-lhe o nome de Maer-Salal-Has-Baz. Pois antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco, e os despojos de Samária, diante do rei da Assíria.” (Isaías. 8: 3). Aí ficou mais claro de quem o profeta falava. A VIRGEM referida era a profetisa, que o profeta teria tomado como esposa. E isso teria ocorrido nos dias em que a Assíria se apoderou de Israel. Nada tinha a ver com uma virgem nos dias do Império Romano. O termo virgem não significava que ela tivesse que conceber e dar à luz sem perder a virgindade. Em regra, um homem tomava como esposa uma mulher virgem; daí dizer o texto “a virgem conceberá e dará à luz um filho”. O evangelho cristão, para dar a Jesus o caráter divino, é que disse que a concepção de Maria foi por obra do Espírito Santo, sem o contato sexual com o esposo. Entretanto, ao que parece, os cristãos primitivos não criam como os católico crêem atualmente, que Maria tivesse permanecido virgem até o fim da vinda. Simplesmente o evangelho diz que José “não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho” (Mateus, 1: 25).



Posteriormente, passaram a pregar que, à semelhança de Jesus, Maria sua mãe havia sido concebida por uma senhora de idade avançada, sem relação sexual. Daí o nome IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA.



A chamada concepção virginal não é mais do que uma distorção de um texto do velho Testamento para dar a Jesus uma das características de Dionísio, um deus nascido de uma virgem. E para santificar também a sua mãe, pregam que ela também nasceu de uma concepção divina, não de uma relação sexual.



Para saber mais sobre a divinização de Jesus, leia:

O MESSIAS DE BELÉM NUNCA EXISTIU NEM PODERÁ EXISTIR

e

O MAIOR ENGANO A QUE O MUNDO SE SUBMETEU

também

A ORIGEM DA BÍBLIA



Ver mais RELIGIÃO









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