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Poesias-->Trilogia -- 17/05/2002 - 13:45 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Há no teu amor o sêmen do inferno

És do paraíso o demônio que o guarda

Deliciosa e torpe, vil e angelical...

Quem te possui goza o prazer da morte!



A angústia é minha grande amiga

O suspiro do peito sufocado

A loucura de um beijo assassino

São as faces do horror que me domina!



Tarântula que cospe afagos

Vens com tua infâmia conduzir-me ao céu

E lá, junto com teus anjos, cantas



Um coro de harmonia divina,

Ainda que ao fim desse canto sublime

Morram todos que te adoravam!







II



Precisaria de mil bocas pra dizer: “és vida!”

Meus dois braços sequer dariam pra te abraçar

Apenas os olhos que tenho não te podem contemplar

E a mente ingênua seria imensamente nutrida

Com um mísero grão do teu amor...



De tanto estares em mim o teu rosto me há fugido

Por muito seres preciosa e eu indigno sendo

Chego por vezes querer que um destino horrendo

Não permita que te infame e se já o tens sentido

Prefiro ser objeto do teu descabido furor...



Eu, contudo, quero-te como a uma jóia escondida

E em te possuindo só no coração tanto anele

Que o céu se abra e dele um sinal revele

Também um desejo de teres em mim rompida

A angústia que afoga teu ser em dor...





III



Vivo um tempo de inexatidões

De sonhos partidos

Corações partidos



Sou responsável pelo bem no mundo?

Ou, se omisso, pelo mau que o absorve?

Não ouço os gritos desesperados

Fecho as mãos quando me pedem ajuda

E os olhos quando a miséria os afronta



Mais que isso

Sou impotente observador de um mundo

Que se escoa em futilidades

Em consumos voláteis

Ganhos que facilmente frustram os sentimentos



Há medos que os homens desconhecem

E outros que fingem não saber

E fogem de si mesmos para não encontrá-los



Não posso sorrir falsamente

Nem manifestar uma tola esperança

Meu mundo, meu tempo, meus sonhos,

Eis que se mostram obscuros

E o que posso fazer além de esperar

Que um amor me console?

Todavia isso está tão distante...

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