Estrada de Ossos
A pátria do idioma de pau (URSS) chegou à desfaçatez de pavimentar uma rua com ossos humanos, como se pode conhecer no relato a seguir:
“As cidades (da ex-URSS) tinham quotas de ‘inimigos da revolução’ para mandar para os gulags (geralmente os operários mais sadios). De vez em quando, a seu bel prazer, o monstro aumentava as quotas. Para cumpri-las, a polícia inventava acusações imbecis e falsas. Quem tinha um livro capitalista seria condenado a 20 anos de trabalhos forçados. Quem era acusado de desrespeitar um "comissário do povo" levava dez anos. Claro que nunca voltavam! Desta maneira, Stálin exterminou cerca de 60 milhões de compatriotas. Cerca feita, o monstro resolveu fazer uma estrada de 1.400 quilômetros, acima do círculo polar ártico, conectando os diversos gulags. As condições climáticas eram tão terríveis que os "trabalhadores" morriam como moscas e eram abandonados apodrecendo ao lado das estradas. Com o tempo, a estrada, que se tornava lamacenta quando a neve derretia, foi forrada com os ossos dos decantados ‘trabalhadores’. Hoje, a estrada ainda existe e se chama, muito adequadamente, a ‘Estrada dos Ossos’ ”.
(Huascar Terra do Valle, advogado e escritor, in “Estrada de Ossos”, site Mídia Sem Máscara, fevereiro de 2003)
|