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Poesias-->VERSOS AOS FILHOS E ÀS MÃES -- 11/05/2002 - 20:12 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VERSOS AOS FILHOS E ÀS MÃES

J.B.Xavier





E quando o mundo inteiro canta as harmonias do viver,

E do conviver com um anjo em forma de mulher.;

Quando a alegria transborda,

E o contentamento extravasa da alma para o mundo.;

Quando hinos se elevam dos confins da terra

Fazendo-se orações,

Quando mil risos de felicidade envolvem os corações.;



Quando a mesa farta invoca a festa dessa união,

E da alma humana enfim, brota a essência do amor,

Talvez sejam estes versos os únicos amigos

Que confortarão aqueles que assistem a esta festa maior

Com uma dor pungente a torturar-lhes o espírito.

Pela ausência desse anjo, por qual motivo for...



Que estes versos estejam próximos ao menor abandonado,

Cujos braços nunca receberam o abraço abençoado

Nem jamais teve quem o chame “meu filho” ...

Meu pensamento está com a criança embrutecida

Cujo único pecado foi ser trazido à vida,

E em cujas faces rola o pranto

Que queima pela vergonha deste abandono...

Crianças que nunca ouviram um acalanto...



Levo meus versos a elas, que nunca tiveram um leito para seu sono,

E que, como cães sem dono,

Seguem pela vida, de vão em vão,

De marquise em marquise, acuadas...

Que estes versos sejam o escudo, a protege-las do inferno

Da falta de amor e de orientação...

Que ecoem nos céus, e por seus ecos,

Possam elas também, por Deus, serem olhadas...



Que meus versos estejam ao lado dos que, ardendo de amor,

Estão distantes,

Que desejando ardentemente ofertar uma flor,

Ofertam-na ao túmulo, na saudade atroz...

Que eles atinjam todos nós,

Que só ouvimos, que só vemos e sentimos

Neste dia especial...



Que eles amenizem, suavizem e retornem ao coração das mães

Que não compreenderam a sublime missão que receberam...

Que sirvam de alimento ao espírito dos que têm fome de amor,

Não do amor da esposa, ou do amor fraterno. Não!

Que eles alimentem aos que têm fome de amor materno!



Desejo ardentemente que, durante a festa

Que se espalha pela maioria dos lares,

Faça-se um momento de silêncio por aqueles que, em vários lugares,

Vertem lágrimas sofridas pela ausência indesejada.

Estejam em guerras envolvidos, ou nos descaminhos da vida,

Perdidos, ou na sarjeta da calçada,

Lembremo-nos que em cada um desses andarilhos,

Pulsa saudoso, o coração de um filho!



Não desejo entristecer a festa do filho abençoado,

Daquele que tem a mãe ao seu lado,

E em sua face pode ainda depositar um beijo,

Antes, desejo que os matizes dessa saudade atroz,

Dos que têm apenas uma foto dela – ou nem isso –

Cale em nós, e faça com que valorizemos as partidas,

Abracemo-nos nas chegadas

E nos lembremos do efêmero da vida.



***

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