Tenho lutado em vão contra a corrente linguística
que banalizou a palavra adorar.
Devemos isso a Roberto Carlos que,
referindo-se a uma pobre criatura gravou:
“Eu te amo, eu te adoro..."
As madamas adoram seus cachorros,
adoram isso, adoram aquilo...
Jovem, nem se fala,
adora qualquer porcaria:
uma canção, um ídolo de argila...
boneco de pano,
Isso me faz mal aos ouvidos
Dói nos tímpanos
e no coração.
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