CREDIBILIDADE AMEAÇADA
Filemon F. Martins
A sociedade brasileira acompanha, angustiada e perplexa, as investigações das CPIs em andamento no Congresso Nacional, bem assim a identificação e punição de todos os culpados. A cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) é muito pouco.
É preciso que se investigue o tamanho do prejuízo causado por esta quadrilha montada pelo PT para roubar os cofres públicos e o trabalhador brasileiro, como no caso da Reforma da Previdência, prorrogação da CPMF, congelamento da alíquota do Imposto de Renda e tudo o que foi aprovado no governo Lula às custas do escandaloso “mensalão”.
Incomoda e é motivo de preocupação também a postura do Supremo Tribunal Federal que tem decidido sempre em favor do governo, adotando em suas decisões, a bajulação política diversa de sua função, como ocorreu, no caso da Reforma, surpreendendo o país ao aprovar a cobrança de inativos e pensionistas.
Segundo apurou a Folha, na época, uma semana antes, o Palácio do Planalto havia permitido a criação de 354 cargos no STF e no STJ. Agora, a manchete: “STF dá liminar e pára processo contra petistas” em 15/09/2005. O Partido dos Trabalhadores tem sido mestre em barganhar votos em troca de apoio e os fatos têm mostrado a habilidade do PT nesta arte, ganhando até do PSDB. Assim, é de bom alvitre que se investigue, a fundo, quais critérios e mistérios estão por trás destas decisões.
Não sabíamos, mas agora sabemos que as declarações do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) antes do término das investigações da CPI de que não havia “mensalão”, defendendo penas mais brandas para os deputados que usaram o caixa dois, eram em causa própria.
Infelizmente, alguns partidos políticos continuam tentando ludibriar a sociedade, quando deveriam aproveitar a excelente oportunidade para fazer uma depuração, em seus quadros, expurgando essa corja de corruptos e irresponsáveis que, sob o pretexto de terem um mandato outorgado pelo povo, tornam-se verdadeiros ladrões do dinheiro público, ameaçando a credibilidade, já combalida, do político brasileiro.
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