Os senadores em Brasília.;
Os deputados em ação de graça.;
Os artistas em suas divulgações.;
Os livros nas livrarias.;
Os banqueiros assinando papeis.;
Empresários comercializando.;
Empregados trabalhando.;
Padres orando...
E o País... Com liçensa dos senhores, afundando.
Universitários forjando o futuro incerto.;
A sociedade negando-se, negando-se e se enganando.;
Miseraveis na rua perambulando...
O povo elejendo e fome passando.
Crianças nas escolas olhando, enquanto os bandidos, hoje, perfeitos cidadãos, entre nós desfilando.
Tudo está uma grande confusão...
Televisão noticia fatos irreais a nação...
Sentimos dor, mas há uma voz no Alvorada, que diz não.;
Sentimos fome, mas dizem que estamos satisfeitos.;
Tentamos andar, mas eles dizem que não andamos com o direito.
Podemos até falar o que quisermos, mas pro manicômio.
Ninguém nos ouve.
Quem poderia dizer?...
Acontece que amanhã é carnaval, e pulamos com tanta alegria, que se nos vermos, ninguém diz que ontem estavamos mal.
Estamos desempregados, mal acessorados, deseducado, doentes, famintos e sem onde morar,mas lá da rampa alguém diz com tanta veemência, que estamos bem, que sem querer perseveramos na contradição.
E assim cruzamos os braços pra oração, deixando que a nossa mente persista na frustração,de que por colaboração dos nossos representantes, nos traiam sem cometer o pecado de Adão.
Contudo no fim do ano, próximo as eleições ou reeleições aplaudimos sem saber qual a direção.
Muitas vezes voltamos pro acochego de nossos filhos, deitamos a cabeça no chão, na cama ou na rede e rimos a toa de nossa preparação.
No janeiro seguinte,com toda a certeza começa o choro solitário de mesa.
Entretanto não adianta. Só quem sabe na proxima lição.
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