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Artigos-->LULINHA: PAZ, AMOR E LAMA -- 17/07/2005 - 08:02 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Lembro-me de uma declaração não muito recente do ministro da fazenda Antonio Palocci, de que “as denúncias de corrupções que causam as crises políticas, não abalam a economia das grandes democracias do mundo. E que o Brasil enquadra-se no rol das grandes democracias, portanto nossa economia e nossas instituições não sofrerão nenhum abalo”. Será que o Brasil é uma grande democracia já totalmente assegurada? Não cremos numa resposta positiva. Nosso país ainda engatinha no rumo democrático, que no momento não passa de uma forte aspiração. E nas “grandes democracias do mundo” não se assistem diariamente o lamaçal a espicaçar os palácios governamentais. E quando acontecem os escândalos, imediatamente as cabeças dos responsáveis rolam os degraus das punições tenham ou não sucessos políticos. Os figurantes são totalmente execrados e esquecidos para sempre, além é claro das condenações judiciais sem demora. O próprio nome dos acusados vai se confundir com os piores adjetivos que dão nomes aos ladrões do dinheiro público. E acabam presos e condenados não apenas pela justiça da “grande democracia”, mas pelo povo inteiro daquele país.



Já no Brasil a impunidade – filha mais velha da injustiça – “passeia alegre e desavergonhada” entre as classes políticas, as quais mandam uma banana, via satélite, para todos nós, cidadãos de um país, cujo futuro é incerto e assombrado, em vista do número expressivo de pessoas desonestas, ou criminosas. O próprio Congresso é o reflexo, ou o espelho da sociedade. Ali estão as pessoas eleitas por cidadãos quase sempre de índoles pouco recomendadas. De posse do poder os ladrões encontram largo espaço e fartas possibilidades de se locupletarem à revelia dos compromissos assumidos mentirosamente com a população, que os apoiou. As exceções, como estamos assistindo, parecem ser poucas.



Os escândalos atuais produzidos pelo PT, o qual assumiu o poder sedento de posses do dinheiro publico, já eram esperados no momento em que explodiram as denúncias sobre o caso do assessor do superministro Jose Dirceu, flagrado combinando o recebimento de proprinas. E que o presidente Lula conseguiu abafar pelo simples fato de naquele momento, viver as alturas do prestígio político de um presidente. No entanto, a ferida, que parecia pequena não cicatrizou. Muitos deputados do PT aproveitaram a paz no poder para roubarem o quanto pôde, através do mensalão, denunciado posteriormente pelo deputado Roberto Jéferson. E aí o escândalo cresceu e criou raízes fundas.



Existe um consenso parcial entre eles, os políticos, de preservar a figura do presidente Lula. Entretanto, a pergunta: ele sabia, ou não sabia? – começa a retinir no espaço de nossos ouvidos. Semelhante ao caso Watergate, onde o presidente dos EUA foi preservado até aonde deu para preservar, a desconfiança popular cresceu com essa mesma pergunta: e o Nixon? Sabia ou não sabia? No final de tudo foi descoberto que ele sabia, mas fingia não saber. E para não sofrer o impeachment renunciou depois de dois longos anos de noticiários escabrosos diários na imprensa americana. De lá para cá os escândalos no poder foram diminuindo e se restringindo aos atos libidinosos do presidente Bill Clinton com sua secretária. Coisa que não atinge os cofres públicos. Portanto, isto prova que o ministro Palocci está errado. Nas grandes democracias não se assistem diariamente escândalos, que no Brasil virou rotina e arroz com feijão dos noticiários.



Em nosso país a coisa é diferente. A atração pelo roubo é algo que vem desde o remoto passado, quando os portugueses “acharam” o Brasil. É tanta a criminalidade no Brasil que, como dizia Rui Barbosa, a gente sente vergonha de ser honesto. E também porque a honestidade no Brasil – está mais do que provada – não enriquece ninguém. Diante disso, qualquer cidadão que atinge a riqueza com mais velocidade do que se esperava, pode desconfiar: ele roubou. E se for político roubou mais do que devia. E como o Brasil tem uma grande maioria de pobres, significa que a maioria é honesta e por isto mesmo é pobre. Isto nos leva ao raciocínio óbvio de que ser honesto no Brasil leva o cidadão a sofrer uma grave punição: a miséria.



Esta é a explicação para tantas fortunas. Roubos. Roubos e roubos. E a explicação para tanta miséria. Honestidade. Honestidade e honestidade. E não precisamos saber se compensa ser honesto, ou se compensa ser ladrão. Afinal na qualidade de ladrão rico podemos comprar tudo, até a honra que a lei passa para nós, de forma desproporcional. Por exemplo: “todos são iguais perante a lei”. Nunca se viu tanta mentira no Brasil como essa! E tem gente que acredita. Quem acreditar pagar por isto.



A ladroeira dos políticos é tão grande que não atinge apenas os valores monetários. Na verdade, não estão roubando apenas o dinheiro publico. Dinheiro do povo brasileiro. Estão roubando do povo a própria República, depois de roubarem a Monarquia. A única forma de governo que foi honesta no Brasil. Se ficarmos sem a República teremos que enfrentar o socialismo idiota do PT, recheado evidentemente pela ladroeira das ratazanas socialistas. Todos sabem o que aconteceu na União Soviética debaixo das estribeiras também de um baixinho, o qual começou sorridente e também pregando a paz e o amor. O resultado foi aproximadamente 40 milhões de pessoas assassinadas barbaramente pela sua polícia secreta a NKVD. Como irá se chamar a polícia secreta de Lula? Garanto que não terá nada de PAZ, ou AMOR. Mais fácil será LAMA: Lei de Austeridade da Mordaça e Auspiciosa.



É Lula. Você é muito inteligente: conseguiu enganar o Brasil todo.



Jeovah de Moura Nunes

poeta, escritor e jornalista.

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