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ffffff>O "Poetinha", talvez o mais gostoso dos poetas brasileiros desde que a língua portuguesa se implantou no Brasil e sem dúvida, ainda, o que melhor traduz, em relação à amalgama lusófona, o peculiar e inconfundível linguarejo que a penta-secular mistura étnica produziu, morreu, à data de hoje, há 25 anos.A ele se deve, pela via popular, muito do exemplar e gracioso português que se enraizou e deu fruto no gigantesco colectivo da população canarinha. A melhor forma de transmitir um idioma é, quanto a mim, através da poesia cantada, condão que Vinicius trazia permanente à flor da pele e usava com qualidade artística fora do comum.O Brasil está já desde há tempos a comemorar a efeméride com diversificados eventos culturais que abrangem a versatilidade que o estimado e saudoso poeta, em vida, a rodos bem revelou.Quando leio ou ouço versos de Vinicius, de imediato me surge à ideia o seu célebre verso "Porque hoje é sábado", do poema "O dia da criação". Nesta azada oportunidade, tomando o seu texto por mote inspirador, aqui deixo a minha sincera homenagem e estreito reconhecimento ao poeta que sempre gostei de ler e ouvir espontaneamente.No seu tempo, época de aberrante censura política, Vinicius sabia como ninguém contornar os obstáculos pela serenidade das palavras, deslizando como emplumada pantera branca entre os escolhos da selva humana, preocupação que felizmente hoje em dia não preciso de ter, embora muitíssimas vezes, por outras linhas, experimente "inexplicáveis atitudes que se explicam e revelam muitíssimo bem".Ora pois, com o meu cunho, com a minha característica marca pessoal, com a impressão digital da minha alma, em honra da gentil memória de Vinicius de Moraes, apresento adiante "Hoje... É Agora !...".António Torre da GuiaO Lusineiro