E eu essa labareda pertencida
Ao sem fim de um rio caudaloso
Que silencioso abre meu decote
Desce o zíper as minhas costas
Com rumores de dentes no cangote
Levanta meus cabelos de clarezas
E me inunda ardiloso, manhoso
Os meus becos, meus picos de afogar
Na cintura que corre para o teu leito
Submersa na garganta dos teus lençóis
Que não se fazem desfeitos - são perfeitos
Teus olhos, tuas mãos, teu corpo...
E eu essa labareda pertencida aos teus rumores...