DESORDEM
J.B. Xavier
...E te dispo dos teus véus de harmonias,
Reduzindo-te à insensatez e à loucura,
Instalando a saudade e a agonia
No lugar da meiguice e da candura.
...E vibro teu corpo, num diapasão
de mil tons, desencontros, incertezas,
e instalo com cuidado meu coração
no lugar da ternura e da delicadeza.
E assim, desencontrada do teu norte,
Na desordem em que transformo tua vida,
Tu seguirás, sem que nada mais te importe,
A não ser os meus beijos te queimando,
A não ser a minha alma, que, te amando,
Irá contigo para além da própria morte!
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