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Infantil-->História da fábula -- 11/11/2001 - 08:44 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Visão geral da história do gênero.



A questão sobre qual país originou a fábula é discutível. Na literatura especializada são citados com freqüência a Índia, a Grécia, também o Egito e a Babilônia. Contudo, investigações sobre a gênese da fábula conduzem à aceitação de que a fábula tenha surgido como forma natural de realização intelectual em diferentes regiões independentes entre si. Os mesmos pressupostos — de que em todas as regiões de igual substância na composição social, formada por senhores e servos, e a tensão que predomina entre ambos os extratos — dirigem de igual modo a expressão das intenções sociais e a preparação quase igual de formas da fala.

As mais antigas fábulas foram enunciadas por Hesoid (700 a.C.) e Archilochos (650 a.C.). Segundo se diz, o escravo frígio Esopo (550a.C.) teria sido o primeiro a colecionar e a divulgar as fábulas de origem indiana e grega. Por isso, seu nome ficou inseparável da história da fábula. Isso fica claro pelo grande número e pela qualidade das suas fábulas, além de outros fatos, tais como numerosos poetas de fábulas que, freqüentemente, recorrem às fábulas de Esopo, seus motivos, seu inventário de figuras, aos seus princípios de composição, apenas, diversificando-as.

As características típicas das fábulas de Esopo são: clara construção, explícita compreensão das cenas, agradável tom da fala, desenvolvimento espirituoso para cada fase elementar, onde o Homem, ainda muito íntimo dos animais e das plantas, pode transitar entre todas as criaturas.

As fábulas de Esopo foram transformadas em versos por Babrios; Fedro (50 d.C.) fortaleceu o ensino dos seus elementos e, mais tarde Avianus (400 d.C.) traduziu-as em versos latinos. Finalmente, vingou na forma de prosa.

Desde Fedro, o vocábulo “fábula” já tinha uma conotação de especialização. Nas regiões alemãs, a fábula poética foi cultivada e transmitida dentro da literatura conventual latina da Idade Média. A finalidade didático-moral e o significado de símbolos instrutivos dão unicidade apropriada à fábula para cunhar sermões e colecionar exemplos. Por isso, este gênero literário floresceu e exprime ao máximo os tempos racionais, objetivando estruturar tendências sociais de esclarecimento.

No século 16, a fábula graçou com fama de pequena arte de agitação dos tempos da Reforma. Principalmente, com Erasmus Alberus e Burkhard Waldis, a fábula serviu como instrumento para suas lutas político-religiosas contra a Igreja Católica. Lutero comportou-se com certa reserva a respeito disso. Ele aproveitou da fábula para evidenciar suas concepções morais e religiosas, pois ele reconheceu que as instruções teóricas sobre a correta ética do comércio convenciam cada vez menos e realizava-se como história explícita do falso comércio causando prejuízos a qualquer pessoa. Lutero colocou a fábula, então, a serviço das suas pregações ético-morais.

Enquanto as fábulas de Burkhard Waldis e Erasmus Alberus se apresentavam mais abstratas e épicas, as fábulas de Lutero mostraram-se sob a forma de prosa suscinta. Narrativas e lições ficam claramente separadas: o leitor será animado por seu próprio pensar.

Enquanto Lutero continua com pequenos relatos e formulações abstratas e locuções evitadas, ele desenvolve o conceito de suas fábulas: o leitor não se interessará pelo tom da narrativa, a lição exige demais dele por meio de um alta abstração com que ele não está acostumado.

É significativo, característico do tempo da Reforma, com seu declarado iluminismo e sua inequívoca tendência didática-moral, o pleno uso desta literatura especializada, enquanto que na época do barroco foi muito criticada e satirizada por outras formas literárias.

A fábula comemorou sua mais recente, insofismável e plena ascensão no século dezoito. A libertação do domínio feudal da ordem social, assim como o espírito político-social do iluminismo desencadeado pela revolução francesa, teve como pano de fundo a evolução da fábula nessa época. Enquanto La Fontaine claramente influenciava a fábula alemã, através de Gellert, Gleim e Hagedorn, investiu Lessing contra essa fácil, verbosa e irônica crítica, de modo narrativo. A fábula deve ser interpretada como sátira curta. Na maioria das suas fábulas, Lessing continuou a velha tradição, através de dois motivos que se contaminavam, ou através da modificação de um único requisito das fábulas existentes (p.ex. as de Esopo ou Lutero), a quê recorria. Assim, conseguia elaborar uma “nova” fábula, estendendo ou modificando a declaração principal.

Uma prova de que a fábula não morreu no século 20, como afirma a literatura James especializada, são coleções de Helmut Arntzen, Rudolf Kirsten, Wolfdietrich, Schnurre, Thurber, entre outros.

Uma notável característica da moderna fábula é a ligação entre tradição, ironia e um fraco questionamento dessa tradição que fica clara principalmente em Helmut Arntzen. Enquanto que as fábulas de Rudolf Kirstens consideram as tradições mais recentes de Esopo e de Lessing, as de Wolfdietrich Schnurres, entre outras, consideram as tradições do passado não superado, sobre a pele marrom, sobre a dúvida e a possibilidade de troca de cor, aproximando-se muitas vezes do Aforismo.

“As 75 fábulas contemporâneas” de James Thurber, nas quais o poeta demonstra com humor picante a típica fraqueza moral da moderna sociedade e dos homens, tendiam sempre para a sátira e para a ironia. A ironia e a pergunta de fundo da fábula tradicional direcionou a tese de que a fábula rompeu com as formas estruturais tradicionais; ficou fora do contexto a real política social da moderna sociedade industrial...(?) Uma vez inserida nos meios de comunicação de massa e na sociedade emancipada, a fábula experimentou um novo renascimento, em que se viu uma aguda consciência para conectar o texto com a realidade.

(2) Citações de R. Dithmar, Die Fabel, Paderborn 1974. S. 17

(3) Citações de: E. Leibfried, Fabel. Stuttgart 1976. S. 63.

(4) Citações de : F.-J. Payrhuber, Wege zur Fabel. Freiburg im Breisgau 1978. S. 20.

(5) Citações de R. Dithmar, a.a.O., S. 75 ff.

(6) Citações de R. Dithmar, a.a.o., S. 21

(7) Citações de E. Leibfried, a.a.o., S. 102 f. ·.

Fonte: www.udoklinger.de



















































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