Andei fora da net por algumas semanas e só agora posso responder às suas mensagens. Antes de tudo, obrigado pelo carinho e pelas belas palavras referentes ao meu poema Viver. Fico honrado e extremamente feliz com o "exuberância plena". Também me deixa um pouco deslumbrado os títulos de "lider e mestre". Mas na realidade mesmo, o que eu sinto, é que sou um operário das letras que gosta de arregaçar as mangas e ir para a fornalha da usina e passar meu tempo a forjar palavras, idéias e causos para me sentir vivo. Nesse suar constante espero fazer deste nosso planetinha um mundo talvez melhor, mais leve e mais gostoso de se viver nele.
Entendo sua preocupação quanto a tornar público seus escritos. Você não está sozinha nesse barco. Repito aqui um trecho de uma correspondência que enviei à nossa querida Lenise Resende bem antes do discutido assunto do plágio: "É sempre bom registrar [os textos] de alguma forma antes de publicar - ou em Cartório, em publicação em papel, em algum órgão competente (Blocos-on-line dá boas dicas de como registrar). Eu procuro, no máximo possível, colocar na net (principalmente no Usina) textos já publicados, referenciados e assinados no final de cada um, mesmo assim não estou salvo do risco de compiagem. Bom, quando a gente torna público um trabalho sempre corre este risco. Veja os cineastas, pintores, compositores e cantores sempre envolvidos com problemas de plágio, copiagem, teipes piratas, telas falsas, e assim vai. Mesmo quando o texto está registrado em papel ou publicado em livro sempre aparece uma cara mal lavada e se apossa de nossa criação. Há coisa de três anos tive que desmascarar pela imprensa uma "brilhante" poeta que mandou, como sendo de sua autoria, para o jornal A Tarde, na Bahia, (e o "maior jornal do Norte e Nordeste do Brasil" publicou!) a letra de uma música que foi um grande sucesso de Maysa nos anos 60. Talvez a falsa poeta pensasse que somente ela conhecia aquela letra de música. Esta semana recebi uma correspondência anônima que transcrevo abaixo com a minha resposta. Só que, quem me enviou, mandou com um endereço falso ou tirou do ar o endereço prontamente, pois a minha resposta retornou como endereço desconhecido ou fora de serviço . Temos que estar sempre ligados..." Apesar de desgastantes, acho que esses acontecimentos são positivos pois os falsos autores e copiadores não sobrevivem - têm um sucesso efêmero - e, na discussão dos fatos, sempre se forma novas cabeças com uma mentalidade mais amadurecida. Os autores verdadeiros permanecem, sobressaem e ficam. Não podemos nos intimidar com esses atos criminosos e terroristas. Continue o bom trabalho, sempre! Não deixe que nós leitores fiquemos privados de saborear seus banquetes de idéias lúcidas e ricas.