É uma perfeita estupidez querer competir com quem tem mais dinheiro e está melhor posicionado na base do campo determinado de antemão, ou seja, no tipo de trabalho que qualquer um pode, com certo treinamento, tocar às mil maravilhas.
Nesse sentido, não tenho por que tentar sobrepujar jornalistas colegas ou mesmo jornalistas estrangeiros na base do material final de cada um, ou seja, o mero jornalismo. Minha especialidade, ao contrário, é sempre o toque final, aquilo que faz a diferença. Uns tocam com brutalidade; eu, por minha vez, devo jogar com técnica e suavidade. Juntas, elas tornam-se força. E isso não é invenção minha, não. É assim que funciona: também no karatê, por exemplo.
Rodrigo Contrera, 2005. |