Não se pode sentir saudades do que não se viveu.
Nem tristeza.
O que não aconteceu esconde-se no mundo dos desejos.
Há desejos que é melhor manter no escuro.
Mas nunca se sabe.
Corre-se sempre o risco de, cedo ou tarde, o desejo engolir seu próprio dono.
Permaneço vivo com algo sem nome definido exigindo resposta.
Se não é saudade (ou amor) o que sinto, o que é?
Rodrigo Contrera, 2005. |