Foi curioso visitar Paris sabendo que nada havia de especial por lá. Eu queria loucamente achar algo de especial, que me convencesse do valor do Euro, pelo menos. Mas não. As pessoas eram apenas pessoas, os lugares apenas lugares, nada havia de especial nos túmulos, nem mesmo o respeito a eles assumia novos ares. Eles (Beckett, Baudelaire, Cioran, Ionesco) viveram lá, apenas. Poderiam haver vivido aqui.
Quem sabe tenha sido isso que a Cris tenha desejado me dizer, estes dias, quanto à pretensão de morrer por lá. Pretensão de se achar que por lá morrer seria melhor do que por aqui.
Rodrigo Contrera, 2005. |