Não é ingratidão admitir que em Paris não penso em ninguém. Nada havendo no passado e no futuro que consiga determinar os meus passos, deixo-me abandonar ao instante e torno-me o homem mais sozinho do mundo.
Saudade surge quando a beleza exige ser compartilhada, como no Sena, a Torre Eiffel ao fundo. É quando lamenta-se estar só e o isolamento transforma-se em perversão. Matar-se na Pont-Neuf ou em qualquer outra é mera conseqüência.