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Artigos-->ISLAMISMO, FUNDAMENTALISMO E FANATISMO -- 12/10/2001 - 16:29 (Gabriel de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com os acontecimentos recentes nos Estados Unidos da América, muitos foram os que procuraram documentar-se sobre o Islamismo e sobre «profecias». Como não acredito nas profecias, optei por tentar descobrir o que era o Islamismo, para tentar compreender o que de religioso podia estar na origem daqueles actos terroristas.

Os seguidores do Islamismo ( a palavra árabe islam significa resignação ou submissão a Deus), são conhecidos também por muçulmanos ( que quer dizer crentes) ou maometanos ( de Maomé, que viveu de 570 a 632, era um mercador e foi o fundador desta religião).

Aos 40 anos, Maomé teve uma visão em que lhe foram feitas revelações que ele registou num livro sagrado – o Corão (que significa leitura, em árabe).

Iniciou a pregação da nova doutrina, mas acabou por ser perseguido e fugiu para não ser assassinado. A data dessa fuga (622) é considerada pelos muçulmanos como o início da religião e ponto de partida para o seu calendário.

Em Iatribe, a actual Medina, Maomé fundou um Estado, construiu a primeira mesquita, determinou que os fiéis se voltassem para Meca e não para Jerusalém, quando das suas orações, e instituiu o mês de jejum do Ramadão.

Tendo por pretexto a difusão da sua religião, as guerras expansionistas árabes levaram o Islamismo a todo o norte de África, a vários pontos do sul da Europa ( em Portugal e Espanha deixaram inúmeros vestígios, até ao nível linguístico) e ao sub-continente indiano. Outros focos surgiram mais tarde nas colónias africanas, em países do Pacífico, etc.. O número de muçulmanos aproxima-se actualmente de um bilião.

É portanto uma religião monoteísta . Segundo ela « Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta » . « Acreditam em Deus, nos seus anjos, livros e mensageiros, no «último dia», na ressurreição dos mortos, no bem e no mal, no julgamento, na justiça, no paraíso e no fogo do inferno ». Negam a divindade a Jesus Cristo mas tratam-no com respeito no próprio Corão, que aceita mesmo o seu nascimento de uma Virgem e o poder de fazer milagres.

Além da devoção a um Deus único, os princípios do Islão assentam na crença nos quatro anjos (Gabriel, Miguel, Azrael e Izrafel), que lutam contra os demónios, e nos génios do mal, cujo chefe é o diabo. Após a morte, a alma é interrogada pelos anjos sobre a sua fé. Se as suas respostas são satisfatórias, é levada para a «passagem» onde espera pela ressurreição final. Caso contrário, é açoitada. Só os mártires têm acesso directo ao paraíso, que é concebido em termos muito materiais, como um lugar de imenso prazer dos sentidos .

Os quatro deveres básicos dos muçulmanos são a oração, o jejum, a esmola e a peregrinação a Meca. As orações devem ser feitas cinco vezes ao dia. O fiel deve prosternar-se na direcção de Meca, depois de ter feito abluções com água ou areia.

O jejum ( abstinência completa de comida, bebida, tabaco e relações sexuais) é obrigatório durante o mês do Ramadão.

A ida a Meca, que já era um local de peregrinação antes de Maomé, deve ser feita pelo menos uma vez na vida. A religião proíbe ainda a bebida, o jogo e a ingestão de carne porco.

O Islamismo dividiu-se em várias seitas , mas a divisão principal é a dos xiitas e dos sunitas, sendo as suas divergências sobretudo ligadas a questões cerimoniais, detalhes de legislação e datas de festas religiosas.

Os talibans, de que tanto se fala agora, é um grupo fundamentalista Afegão, composto à partida por estudantes de teologia. Após a guerra civil, que se seguiu à ocupação soviética, capturaram Cabul em 1996 e instituíram um regime fundamentalista islâmico. São bastante duros nas suas punições e proíbem a educação das mulheres.

Em traços largos, tentámos descobrir o que era o Islamismo. Como em todos os credos, a finalidade da sua existência é boa, mas há sempre os fundamentalismos ... E isto quase em todas as religiões. E não só ... Também na política, nos nacionalismos, no desporto ...

Não haverá portanto razão para condenar o Islamismo (nem os Árabes) pelo que aconteceu... Os atentados horrendos tiveram como origem o fundamentalismo que existe (ou existiu) em várias religiões e actividades.

( Ninguém se lembrará, por exemplo, de condenar as «torcidas» que vão aos estádios apoiar as suas equipas de futebol; e no entanto, os hooligans não serão também um «tumor» a minar essas torcidas ? Não serão, a seu modo, uns fanáticos ? Mas não será por isso que vamos condenar ou proibir as «torcidas» ... Há apenas que proibir, castigar e controlar o «hooliganismo»!)

Os líderes fundamentalistas aproveitam-se do fanatismo dos Povos ou das multidões, para os levar a cometer actos ilegítimos e sangrentos. E não é difícil conquistar adeptos pois as crises sociais, as crises de valores, as humilhações, os ódios , existem por vezes desde há séculos...

Não é por acaso que vimos vários afegãos a queimarem as ajudas humanitárias, que lhes eram lançadas por pára-quedas ... « No dia 10 de Setembro de 2001, já tínhamos fome ! – Agora que nos bombardeiam é que nos dão de comer ! » Que responder ?

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