Quando começa o ano? Quando deveria começar? O ano não começa no mesmo dia para todos, mas poderia e deveria. Se o Sol é o instrumento natural da medida do ano, o ano deveria começar em um dia apropriado. Como não é tão simples de escolher, seria melhor seguir a orientação dos criadores da medida do tempo.



O ano cristão, que domina até onde o cristianismo não é a religião principal, não inicia em um ponto solar apropriado. O ano judaico, e o muçulmano começam em datas diferentes do ano cristão, que observa o Calendário Gregoriano.



Há quatro datas específicas que poderiam ser o início do ano. O solstício setentrional, por volta de 21 ou 22 de julho, o solstício meridional, em 21 ou 22 de dezembro, e dois equinócios, que correspondem um ao início da primavera setentrional e ao outono meridional, e o outro à primavera meridional e ao outono setentrional. O equinócio (noite igual) recebeu esse nome por ser o ponto em que a noite é igual ao dia. O solstício (parada do Sol) foi assim denominado, porque, naqueles tempos em que pensavam que o Sol movesse em torno da Terra, era o ponto onde havia a parada do sol em seu movimento lateral.



Os caldeus, criadores das medidas do tempo, marcaram o início do ano no equinócio da primavera setentrional, e parece a decisão mais inteligente. A primavera é o período que representa o início da vida: é quando a maioria das árvores florescem e todo o verde se renova. O inverno é mais representativo do fim: o frio diminui o ritmo da natureza, as árvores despem-se de suas folhagem, que se renovam na primavera seguinte. Um calendário com início na primavera parece representar melhor os ciclos de vida.



Todavia, se fôssemos seguir esse parâmetro do ano iniciado na primavera, ainda ficaria uma dúvida: qual primavera escolher. A primavera do hemisfério norte é oposta à do hemisfério sul. Se procurássemos satisfazer os dois lados, o ano de um lado teria seis meses de diferença do ano do outro. O mais justo seria fazer uma homenagem aos criadores do calendário, colocando o início do ano no da primavera setentrional, em 21 de março do Calendário Gregoriano. Ficaria melhor do que o nosso, que inicia fora dos quatro pontos principais da órbita terrestre. Seria mais simples também fazer cada mês corresponder ao um signo do Zoodíaco, como foi no princípio.