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Artigos-->Fonoaudiologia-Ética profissional -- 26/04/2000 - 22:04 (Márcio Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fonoaudiologia - Ética Profissional





Aspectos Gerais:



Dadas as circunstâncias de ética profissional, poucas diferenças, nós

encontramos nas diversas profissões: todas têm, entre si, um elo comum, cujo a sistemática abrange os padrões, moral, intelectual e conduta, nas mesmas oclusões.

Em países de terceiro mundo, como o Brasil, podemos dizer que, o conceito de ética ainda é primário, isto é, não atingiu o apogeu adequado para um sistema definido de alto nível de qualidade.

A definição mais exata para a Ética Profissional é a inteira qualidade de atendimento e prestação de serviço coerentes às necessidades do cliente. Todas nós vendemos, à primeira vista, a imagem de comportamento do nosso mundo solidificado. Somos, claramente, o aspecto daquilo que nos atribuímos, acreditamos, e, de uma certa forma geral, de tudo que fazemos.

A ética de cada profissional é um fator determinado variante, porque cada indivíduo possui um universo racional, diferente em adaptação, no seu campo de trabalho.

A bagagem que cada ser traz à sua conduta moral é o ponto chave da ética. Por mais que se defina um conceito de, certo ou errado, próprio ou não próprio, ainda, assim, esbarraremos no conceito do outro, no universo do outro, que, com certeza, como nós, tem diversas críticas e respostas dentre o seu universo, que também é imprescindível de cuidados.

Um bom profissional, eticamente correto, é aquele que tem o conhecimento da profissão que exerce junto à necessidade do cliente que possui. Não adianta se ele tem super graduações, se é intelectual, se tem mil e uma qualidades...nada disso, no nosso mundo atual, no nosso agora, é relevante. O que interessa, e o que vai sempre interessar, é se ele condiz com aquilo do qual se espera e, se o faz, com a melhor qualidade.



Fonoaudiologia - A Psicologia como instrumento



Diversos gabaritos sociais lançam suas condutas inadequadas de acordo com o poder aquisitivo das pessoas. Além de ser uma grande falta de caráter profissional, não condizente com ética, destacamos, também, a omissão profissional imbuída na condição de sustento ou auto sustentação que prevalece, acima de tudo, para o profissional. Muitos profissionais utilizam a psicologia, grande instrumento de trabalho, para extorquir a condição financeira do cliente e ter um maior saldo nas suas consultas. Ë muito comum, infelizmente, um profissional de saúde segurar, dentro de um hospital, um paciente com várias "anomalias" até que sua condição financeira se esgote. O paciente, psicologicamente debilitado, não vê que está sendo enredado por uma trama diabólica. Alguns profissionais atingem o impossível do absurdo: conservam o paciente, morto, por uns dias, simplesmente, pelo fato de receberem as diárias.

Na fonoaudiologia, destacamos a psicologia como um dos maiores instrumentos de trabalho. São relatados pela OMS (organização mundial de saúde) pouquíssimos casos que infringe à ética. Geralmente, o profissional fonoaudiólogo preocupa-se, individualmente (no que está muito certo), com cada cliente no seu universo diferente. É preciso estabelecer na ética, como conduta, que, cada caso é um caso.

Suponhamos que, em um determinado dia, adentre uma pessoa totalmente afônica para ser examinada em um consultório de um fonoaudiólogo qualquer.

O fonoaudiólogo, certamente, por não se inteirar do problema do paciente, perguntará, qual o propósito e o motivo da pessoa estar ali em exato momento, sendo que, psicologicamente, ele já possui uma idéia óbvia em seu interior. O paciente, uma pessoa simples de comunicação, tem dificuldades, devido a falta de voz, de expressar o problema. - Seria anti-ético que o fonoaudiólogo em sucessivas perguntas se inteirasse do problema? A resposta é sim. Certamente um profissional que observa à ética não causará, ou fará o possível para não causar, mais um problema para o seu cliente. O que uma pessoa busca, em quase todos os estabelecimentos do mundo, são soluções às suas necessidades. Criar mais problemas a quem já os possui é o mesmo que confrontar com a pessoa, faltar o respeito com a "dor" do paciente. Por isso, psicologicamente, é imprescindível que o profissional( e este pode ser qualquer um) tenha uma sensibilidade aflorada em relação aos seres vivos. Obviamente, parece que estamos passando uma alusão, em se tratando de ética, de "pisar em ovos", e é isso mesmo. O profissional tem que ter o maior cuidado com a sua conduta para não se ver envolvido em um vexame ou um escândalo, o que pode ser terrível para a sua carreira.

É importante saber que, não estamos, e isso nunca, dizendo que os profissionais têm de serem perfeitos, mesmo porque isso seria anti-ético, seria uma grande mentira: o que fere à ética.

Se fossemos perfeitos, certamente não estaríamos aqui discutindo os problemas de nossas vidas; estaríamos vivendo, simplesmente, plenos, como deveríamos viver.





Fonoaudiologia - A ética e a modernidade



Claro que a modernidade influi na questão ética, porque a ética tem tudo a ver com a maneira de pensar das gerações. O que hoje chamamos de ética, amanhã pode não ser; principalmente se levarmos em conta que esta ética ira atingir aos padrões morais e sociais de tal época. É preciso admitir, dentro das convenções, todas as mudanças que precisam acontecer para que possamos tomar posse do futuro. Na fonoaudiologia, as intempéries da modernidade resultam, na maior parte, em questões de grande proporções benéficas. A cada dia, parece que o ser humano se desprende mais dos traumas causadores de doenças; em inúmeros casos tornam-se pacientes maleáveis e fáceis para um bom tratamento. As adaptações da ética perante a modernidade não determina que o profissional tenha que mudar a sua própria conduta, ao contrário, elas apenas o aproximam da questão do bom atendimento ao cliente (paciente).





Fonoaudiologia - Ética e libido



O ser humano é, sem dúvidas, um complexo intercâmbio de carência. É muito comum, mediante um tratamento longo, a aproximação afetiva entre o profissional e o cliente (paciente).

Nas pessoas carentes, o aspecto afetivo leva, quase sempre a uma tendência de estímulo sexual, o que também não deixa de ser normal, mas é preciso dosar a quantidade de entusiasmo e postura que o profissional deverá observar dentre as suas consultas. Presumindo que, o profissional fonoaudiólogo trabalha com um maior número de pacientes especiais (o excepcional) e de retardo motor, fica uma observação maior, que, ele tenha mesmo uma afetividade também maior com os pacientes deste nível, no tocante à ética, pede-se que, ele respeite apenas os seus próprios limites, visto que, o do paciente, tem mesmo seus motivos de desequilíbrio. O profissional deve procurar manter sempre uma postura de respeito com o cliente (paciente), o que não quer dizer, desafeto. Refrear às investidas sexuais no campo de trabalho, em toda a história, sempre foi uma questão de bom senso.



Fonoaudiologia - A ética e a imagem (postura)



Em se tratando de ética, vem sempre aquela imagem de pureza, de justiça, de concordância...

Na íntegra, o pensamento ético, realmente, é merecedor de vários adjetivos sucintos, mas a hipocrisia, muito das vezes, intercala-o a uma condição de penúria e aflição. Quando referimos à ética como condição de pensamento, dentro de um óbvio, estamos também nos referindo a uma persona ( ser). A imagem que temos de nós, a maior parte das vezes, não coincide com o estereótipo que passamos, salvo, quando temos certeza, de pelo menos um pouco, do complexo que somos. É claro que, uma roupa limpa, um hálito saudável, luvas, quando necessário...tudo isso compõe uma imagem agradável, e com certeza à ética, observar-se-á a cada detalhe; mas a postura ideal com que a ética se preocupa, tanto na fonoaudiologia quanto em outras profissões, não são estas. Ora, ter higiene e asseio com o corpo e o ambiente de trabalho é o mínimo que se espera de um profissional. O que estamos falando é da "Presença de Imagem". O profissional tem que passar segurança daquilo que sabe fazer ou ainda, deve se comprometer a fazê-lo da melhor forma. O importante é que o profissional nunca mascare a realidade: se sabe, mostra; se não sabe, pesquisa. O cliente se sentira muito mais valorizado de conhecer a verdade, coisa única, indivisível, exposta a olhos nus.



Fonoaudiologia - A ética e o preço das consultas.



Existem várias perguntas quando se trata da forma de pagamento e da maneira de como cobrar de um cliente ( paciente) em uma consulta ou um tratamento. Sempre observamos que, quando se presta um bom serviço, um serviço de qualidade, automaticamente, estes aborrecimentos não passam de detalhes. O cliente já gratificado com o serviço, vê-se na obrigação de pagá-lo. Entender-se-ia que, ética é uma questão justa?- correto! É a satisfação pessoal que nos leva ao reconhecimento de qualquer coisa. Se atribuirmos as nossas necessidades à qualidade dos nossos serviços, estaremos sendo injusto com o nosso cliente, e o que é pior, perdendo para a nossa concorrência. O certo é cobrar conforme a necessidade do cliente, levando em conta, sempre, a condição que ele tem com o que pagar. Se, por ventura, faltar a condição, a boa ética pede que o profissional mantenha estabelecida a estrutura de atendimento em nome do zelo com o ser humano.





Fonoaudiologia - Ética e o preconceito na esfera social



Uma das coisas mais bonitas da face do planeta não é real. Trata-se do código de justiça de cada país. Observar às leis e entender à beleza literária do direito, em cada direito, são motivos consumíveis de êxtase. Não só na fonoaudiologia, como em qualquer outra profissão do mundo, o preconceito fere à ética na acepção da palavra. A distinção de classe e raças são motivos de orgulho na criação de cavalos. O profissional que, submete-se à depreciação de um ser à aclamação de outro, não vale, em hipótese alguma, nenhum conceito ou estima. Todos os seres têm, perante a lei ou conforme, os mesmos direitos em uma sociedade. Não aceitar atender a um cliente pela condição de preconceito interferida é, sumariamente, vergonhoso.





Fonoaudiologia - Ética e religião.



Costumamos dizer que, a melhor religião é aquela que não se manifesta. Na fonoaudiologia e em qualquer outro estabelecimento sempre surgem assuntos que dispersam o bom atendimento. Na ética, entende-se também que, um bom assunto, mesmo nas ante-salas, é motivo de harmonia nas consultas. O profissional deve falar da linguagem que o paciente quer ouvir e estabelecer comunicação para um melhor aproveitamento de diagnóstico. Suponhamos que o paciente seja crente, ou do tipo pastor, quer converter de todo jeito... O que fazer? - Ter uma opinião formada de cada assunto, além de ser impossível, é enfadonho. O melhor será é que o profissional consiga driblar a situação com jeito, esclarecendo a sua verdadeira proposta de trabalho, de novo, a verdade, fazendo milagres.



Fonoaudiologia - Ética e política



Também um assunto difícil de ser comentado é a política, não a política da ética que é a mais plausível e coerente da sociedade, mas a política ignorante, suja e partidária. Seria quase que a mesma coisa de falar de futebol para quem detesta. Como tudo tem a sua política a ética também tem a sua. Isto porque os pensamentos éticos são de inteira capacidade psíquica, voluntários do controle mental. Manter um equilíbrio em cada ação, premeditar, pensar no que está se fazendo é uma boa política da ética. Devemos ter, como ética, a nossa condição política indefinida, mas justa de acordo com os nossos sentimentos. Com certeza o que nos fere no sentido das nossas verdades, também, fere ao outro, em igual proporção.





Fonoaudiologia - A ética e o trabalho com as crianças



O mundo da criança, de todos, é o mais maravilhoso. Uma criança compreende melhor a outra . O fonoaudiólogo conhece muito bem este mundo e sabe que, muito das vezes, ele tem que ter um espírito pueril, não infantil, para compreender tão preciosa persona. É impressionante como ficamos embasbacados com as atitudes surpreendentes das crianças. Ter uma ética de "proteção" com as crianças será sempre uma atitude saudável para o profissional. Deixar de lado a postura de gente grande, rolar, relaxar..., dá ênfase ao amadurecimento espiritual, e ambas as partes saem ganhando. A ética profissional em relação às crianças pede que não só se determine técnicas psicológicas, mas que, acima de tudo, favoreça a elas o carinho e o respeito.





Fonoaudiologia - A ética com a família do cliente ( paciente)



Como não deveria ser diferente dos outros tópicos, nesse, mais uma vez, a ética proclama à justiça. O envolvimento com a família do cliente, em âmbitos psicológicos, percorre também um caminho de afetividade. É preciso da maior atenção às perguntas para que as dúvidas tenham uma resposta justa, ainda que dolorida. O melhor afeto que um profissional pode passar é a certeza que ele está fazendo o melhor possível no seu trabalho. Esta condição deve ficar bem estabelecida, como ponto de ética - honra, para o cliente ( paciente) e familiares.



Fonoaudiologia - A ética e o erro



Por se tratar também de ocorrências de exames e diagnósticos, a fonoaudiologia, ciência que estuda os distúrbios da voz, tem no seu quadro médico um delicado números de erros. Claro que a maior parte destes erros provém da troca de pareceria de diagnósticos. A falta de comunicação de profissionais ligados à área causa mais distúrbios dos que os existentes na voz. A ética ligada, em extrema condição, nesta área de erros, pede, como em todas as outras áreas, à devida reparação. Grandes causas judiciais são movimentadas nos tribunais envolvidas em vultuosas somas de dinheiro. Em países de primeiro mundo, cujo a ética é como tabu, estas somas têm seus números impagáveis. Mais uma vez confrontamos à ética no pensamento de justiça: é justo pagar pelo que se deve. Observando a este conceito, temos outro, que é de igual importância em seu reparo: a questão profissional. O pedido de desculpas deve vir do profissional em caráter de extrema franqueza , e, se possível, condicionará uma saída ou uma alternativa condizente com a qualidade ( inteligência e respeito) do cliente.



Fonoaudiologia - A ética e a comunicação



Mudar, Estar e Ser, estes são os maiores verbos da comunicação. O pensamento ético tem sua história global, principalmente, na apuração de conduta da mídia especulativa e governamental . É preciso, eticamente falando, aceitar a proposta de um novo tempo. O profissional, hoje em dia, tem de Estar sistematizado às mudanças que ocorrem e ocorrerão em sua área. O Novo passou a ser uma tendência constante, é tudo muito rápido. Temos que acompanhar a tecnologia e fazer a nossa reciclagem, o quanto antes, para não ficarmos para trás. O pensamento ético também evolui, mas jamais ultrapassará a condição de Ser. Por enquanto, a fonoaudiologia ainda se preocupa com os distúrbios da voz, no futuro, quem sabe, talvez ela seja responsável por boa parte da comunicação.





Márcio Silva











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