Sou de além, ele disse. De lugar nenhum, completou. Venho de muito além e aquém de tudo, reforçou. E eu olhei a cara deslavada do sujeito e não vi sinal de diferença. Ele se riu, riu-se, botando o se em todos os lugares do verbo e tentou convencer-me que era de alguma estranha dimensão. Até que, impaciente com minha descrença, olhou-me de banda e saiu levitando por cima dos prédios e normais. E o puto alienígena ainda teve a idéia transcósmica de cuspir na minha cabeça terrena de terráqueo teimoso e reticente e redundantemente comum e descrente. |