Usina de Letras
Usina de Letras
150 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62215 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->[Milene, querida amiga] -- 06/10/2002 - 03:35 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


[Milene, querida amiga]



"Poeta bom e arretado

É o Fernando TANAJURA

Verseja de todo jeito

Traz no estilo a gostosura

É cabra baiano esperto

Nunca morou no deserto

Mas vive lá na lonjura..."

[Milene Arder]



Milene, querida amiga

Vou tentar te acompanhar

Nesta septilha danada

Que tu foste me inventar

Com outro poeta arretado

O Jorge, de nome Sales

Que as letras sabe traçar



Tu me chamaste de bom

De muitas coisas que tal

Fico todo acabrunhado

Com confete e carnaval

Sou um peão desta Usina

Escrever é a minha sina

E o verso vai pro varal



Com tanto poeta ilustre

Que brilha no céu de anil

Fui escolhido com honra

No meio de cem - de mil

Por ti e pelo nobre colega

Com carinho e sem refrega

Para o orgulho do Brasil



Versejo assim como posso

Como a vida me ensinou

Não sigo regras nem escolas

Desta maneira me dou

Para os carentes de versos

Ou os que enfrentam reversos

Esquecidos que já amou



Se tu achas gostosura

Das coisas que mal escrevo

Fico pomposo, inchado

Em meu peito o qual descrevo

Ser sempre um fogo ardente

A distribuir sementes

Ou imagens que circunscrevo



Sou cabra baiano esperto

Isso seguro, acertaste

Pois quem fica de boca aberta

Não sei se tu já falaste

Mosca zonza logo entra

E não sei bem quem a enfrenta

Se é mosqueteiro com haste



Fiquei meio aporrinhado

Com o Jorge e com o Daniel

Contigo também, falo franco,

Pois não incluiram no Cordel

— E brigo com quem quiser —

O meu amigo (JB) Xavier

Cordelista que vai pro céu



Outra que foi esquecida

E me deixou até sem fala

Cordelista de mão cheia

Na varanda ou na sala

Poeta de muitas liras

Em muitas rodas ou giras,

A grande Andréa Abdala



Assim fiz meu desagravo

E volto ao mote de antes

À minha conversa contigo

Dos teus versos deslumbrantes

Uma homenagem sofrida

A todos bem merecida

Em versos doces, sonantes



Qualquer canto é um deserto

Se não cultivar a doçura

E a vida pra mim foi bondosa

Me criou com rapadura

De perto ou longe consigo

Me oferecer como amigo

Seu humilde, Tanajura





© Fernando Tanajura

(n. 1943 - )









 


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui