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Artigos-->História Século XIX Textos -- 26/11/2004 - 07:51 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA SÉCULO XIX TEXTOS

Compilados por Prof. Edson Pereira Bueno Leal



REVOLUÇÃO FRANCESA

GERAL

1. “(...) a revolução que não se radicaliza morre melancolicamente , como a burguesa . A rigor , uma só revolução existe , a que se deflagrou em 1789: enquanto viveu , ela quis expandir-se, e, assim, a República Francesa se considerou e se tentou universal – até o momento em que a pretensão de libertar o mundo se converteu na de anexá-lo , em que os ideais republicanos se reduziram ao imperalismo bonapartista “ . ( Ribeuro , Renato Janine . A última razão dos reis . São Paulo . Companhia das Letras , 1993 ).

2. ” As metáforas da luz vitoriosa das trevas, da vida renascendo no seio da morte , do mundo reconduzido ao seu começo são imagens que se impõem universalmente por volta de 1789 “ .

As palavras acima são do historiador Jean Starobinsky na tentativa de traduzir os elementos e as imagens mobiliados pelas artes frente aos eventos de 1789

3. “Esta ordem social era, por toda parte , aristocrática, isto é, era uma ordem baseada na desigualdade natural dos homens , uma ordem na qual a categoria social era conferida pelo nascimento , o direito hereditário à terra e aos cargos de uma espécie de rendimento fixo, conhecido em França como ‘rentes’ . Esta ordem era mais ou menos rígida , conforme os países . A sociedade inglesa mostrava-se a mais aberta ; nesta , a nobreza era reservada aos filhos mais velhos de um pequeno número de famílias e só conferia privilégios formais “ (HAMPSON – A Primeira Revolução Européia ).



4. "Grande debate , que, no entanto , se condensa na seguinte pergunta : há uma revolução , ou houve duas , aquela que produz a declaração dos Direitos do Homem e aquela do Terror ? Temos de aceitar a primeira e recusar a segunda , ou a Revolução é um todo que tem que ser aceito ou rejeitado no seu conjunto ?

A prática da violência , diz Michel Vovelle ( catedrático de História da Revolução Francesa na Sorbonne ) , é uma constante de todo o período revolucionário . Muda apenas a forma , acompanhando as mudanças da ideologia das massas . Mas a violência é sempre uma resposta ao medo . Durante as journées de julho de 1789 , a violência se manifesta como uma reação espontânea às ameaças do rei que enviou à praça a sua cavalaria alemã . Já em agosto de 1793 é uma multidão organizada aquela que vai ao assalto das Tuileries . E nos massacres de rua em setembro , percebe-se enfim o desejo - aliás , a necessidade , acentua Vovelle - de fazer justiça . É uma mudança importante , porque já estamos ás vésperas do Terror , ao qual se chega pela necessidade de normalizar o exercício espontâneo da violência . Num certo sentido , diz Vovelle , o Terror é algo que cancela a violência e paradoxalmente põe um fim ao medo. Pode-se dizer, também, que a violência transformara-se em Terror para enfrentar aquilo que Saint-Just chamou a força das coisas , ou seja, a dupla agressão sofrida pela Revolução , no plano interno e nas suas fronteiras " ( A Revolução Francesa . Isto É Senhor , SP Editora Três , 1989 , p.6-7)



3. “ ... Na época em que ainda só se tem adversários muito fracos ou pouco organizados - em 1789-1790 , a Revolução inventa formidáveis inimigos ...(...) A desigualdade , o privilégio , a sociedade desintegrada em ‘corporações’ separadas e rivais , é o universo da classe e da diferença . A nobreza , menos como grupo real que como princípio social , símbolo dessa ‘diferença’ no mundo antigo , paga o elevado preço dessa reviravolta de valores . Só a sua exclusão expressa da sociedade pode tornar legítimo este novo pacto social “ ( Furet , François . Pensar a Revolução francesa . Lisboa , Edições 70 , 1988 )

5. A multiplicidade de classes, o descontentamento e as tensões sociais abalaram profundamente os alicerces do Antigo regime na França . Nesse contexto , a falência da monarquia funcionou como elemento catalisador , que transformou as tensões sociais em uma tremenda explosão revolucionária .



“Temos evidências confiáveis de que aqueles que viveram na década de 1790 e na primeira década e meia do século XIX , e que podiam lembrar-se do teor da vida sob a velha ordem , sentiam que o próprio tempo e todo o empreendimento da consciência tinham-se acelerado de modo formidável (...) . Junto com essa aceleração , ocorreu um ‘adensar-se ‘ da experiência humana . A noção é difícil de especificar-se em termos abstratos . Mas ela salta à vista de maneira clara e inequívoca na literatura e nos registros particulares da época . A moderna panacéia publicitária do ‘sentir-se mais vivo do que antes ‘ tinha força literal” .

Os trechos acima , de Georges Steiner , procuram traduzir a mudança radical operada pelos eventos dos finais do século XVIII e início do XIX na percepção que os homens tinham do tempo .

7. Nesta questão, você deverá utilizar os conceitos de poder, trabalho e cultura em relação á Revolução francesa. A citação abaixo foi extraída da obra Introdução á Revolução francesa, de Barnave, historiador francês do final do século XVIII - oriundo da primeira região industrial do país - que foi publicada logo após a dissolução da Assembléia Constituinte: “Desde que as artes e o comércio conseguem penetrar no povo e criar um novo meio de riqueza em benefício da classe laboriosa, prepara-se uma revolução nas leis políticas: uma nova distribuição de riqueza produz uma nova distribuição de poder. Da mesma forma que o domínio das terras elevou a aristocracia, a propriedade industrial eleva o poder do povo”. A) Qual a noção de revolução que está presente no texto? B) A partir dos elementos indicativos do texto, caracterize o 3. Estado na época da Revolução Francesa

8. - Num panfleto publicado em 1789, um dos líderes da Revolução francesa afirmava: Devemos formular três perguntas: 1. - O que é o Terceiro Estado? Tudo 2. - O que ele tem sido em nosso sistema político? Nada - 3. O que ele pode ser ? alguma coisa. (Leo Huberman ; História da Riqueza do Homem, 1979) .Explique as perguntas e respostas contidas esse panfleto francês.



FASE DA ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE

9. “Mesmo se o alvo perseguido não tivesse sido alcançado mesmo se a constituição por fim fracassasse , ou se se voltasse progressivamente ao Antigo regime ... tal acontecimento é por demais imenso, por demais identificado aos interesses da humanidade, tem demasiada influência sobre as partes do mundo, para que os povos, em outras circunstâncias dele não se lembrem e não sejam levados a repetir a experiência “ Kant, O Conflito das Faculdades , 1798 )

10. “Em termos da revolução nada é mais poderoso do que a queda dos símbolos . A queda da Bastilha, que fez do dia 14 de julho a festa nacional francesa , ratificou a queda do despotismo e foi saudada em todo o mundo como o princípio da libertação “ (Hobsbawn, E. A Era das Revoluções ) .

“Nós , habitantes da paróquia de Longeley, abaixo-assinados , tendo-nos reunido em virtude das ordens do rei, dia 6 do presente mês de maio de 1789 , resolvemos o que se segue :

Pedimos que todos os privilégios sejam abolidos . Declaramos que se alguém merece ter privilégios e gozar isenções, são estes , sem contradições, os habitantes do campo, pois são mais úteis ao Estado, porque por seu trabalho o fazem viver “ .

( Caderno de Súplicas para os Estados Gerais )

11. “O resultado foi a célebre sessão noturna de 4 de agosto de 1789, durante a qual os partidários da reforma escaparam ao ataque à propriedade, levando os representantes das ordem privilegiadas a sacrificar os seus direitos e isenções no altar da unidade nacional . Tem-se escrito muito em desfavor dessa famosa noite . Mesmo nessa altura , alguns dos deputados – um era Mirabeau , que não estava presente – viram-na com certo ceticismo “ ( HAMPSON – A Primeira Revolução Européia )

12. Sobre a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, o historiador inglês Eric Hobsbawn escreveu: “Este documento é um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária”(Eric Hobsbawn, A Era das Revoluções).

13. – (UNESP 96) – Considerando as duas afirmações a seguir:: I - A Declaração francesa dos Direitos em 1795 estabeleceu o princípio segundo o que: “Cada povo é independente e soberano qualquer que seja o número de indivíduos que o compõem e a extensão do território que ocupa. Esta soberania é inalienável”.(Citado por Eric Hobsbawn, Nações e nacionalidade; II - Depois da derrota napoleônica, o Congresso de Viena adotou como um dos princípios de reorganização do mapa político europeu o da legitimidade. A) Qual o princípio expresso na Declaração dos Direitos em 1795 b) No que consistiu o princípio da legitimidade?

14.

15. FASE DA CONVENÇÃO NACIONAL

“Compete-vos, portanto, decidir se Luís é inimigo do povo francês, se é estrangeiro (...) Luís combateu o povo: foi vencido. É um bárbaro, um estrangeiro prisioneiro de guerra (...) o traidor não era o rei dos franceses, era o rei de alguns conjurados. Fazia recrutamentos

secretos de tropas, tinha magistrados particulares; considerava os cidadãos como seus escravos (...).” Discursos e relatórios. Saint-Just. Lisboa: Presença, 1975, p. 41

14. - No dia 11 de dezembro de 1792, o rei Luís XVI respondia desse modo à acusação de haver cometido inúmeros crimes “contra o povo francês” - “Não havia leis que me impedissem”. A) Em quais princípios da Revolução francesa fundamentava-se a referida acusação ao rei francês? B) Que características do Estado Absolutista Francês explicam a resposta do rei?

16. Durante a Revolução Francesa, na fase da Convenção Nacional, destacou-se como líder revolucionário, Robespierre. Este assumiu a defesa do ideal democrático e se manifestou nestes termos: “Nos Estados aristocráticos, a palavra pátria tem sentido unicamente para as famílias aristocráticas, isto é, para os que se apoderaram da soberania. Somente na democracia o estado é realmente a pátria de todos os indivíduos que o compõem e pode contar com um número de defensores, preocupados pela sua causa, tão grande quanto o número de seus cidadãos”. Apoiando-se no texto e aplicando seus conhecimentos: a) dê o nome do agrupamento político que Robespierre liderou nos momentos decisivos da Revolução; b) copie o trecho do documento acima que melhor corresponde à teoria da vontade geral e indique o nome do filósofo mentor desta teoria.

17.

18. A formação da primeira coligação anti-francesa ( fevereiro-março de 1793), a alta do custo de vida, a traição de Dumoriez e a revolta camponesa de Vendéia criaram uma situação dramática para a revolução. Jean Paul Marat, que editava o jornal O Amigo do Povo, assim expressou a sua posição: É pela violência que se deve estabelecer a liberdade: o momento requer a organização do despotismo da liberdade, para esmagar o despotismo dos reis” a) Cite o nome dos dois principais grupos políticos rivais do período e indique qual deles adotou o ponto de vista expresso por Marat; b) Identifique as camadas sociais que aqueles dois grupos políticos representavam.

19.

20. A Convenção Nacional estabelece o seguinte : “ Art. 1o . Os artigos que a convenção nacional entendeu serem de primeira necessidade , e que julgou dever fixar o preço máximo ou o mais alto preço , são ...” . esta lei, datada de 29 de setembro de 1793

21. “A Montanha, o grupo mais radical , liderado por Robespierre , dirigia a política do Terror . As perseguições aos contra-revolucionários se ampliavam cada vez mais, abrangendo todo o país. Os indulgentes, chefiados por Danton , temiam que a onda de violência pudesse envolvê-los e por isso protestavam contra as mortes e pediam o fim das perseguições” .

22. “Para a maior parte do país , a ditadura se revelava mais evidente - e mais perigosa – quando se infringia a lei . Em teoria , o regime adaptava o ponto de vista que, mais tarde viria a ser chamado ‘ a ditadura democrática do proletariado ‘ , regime benigno para com o ‘povo’ , mas impiedoso para com os sues inimigos . Barère explicava que a verdadeira humanidade consistia em exterminar os inimigos da humanidade . “ ( HAMPSON – A Primeira Revolução Européia )

23. Robespierre – Que se passa por aqui? III Cidadão – Que se pode passar? Passa-se que aquelas poucas gotas de sangue de agosto e setembro não deram para as bochechas do povo ficarem coradas. A guilhotina anda muito devagar . Precisamos de um bom aguaceiro “ . I Cidadão – Nossas mulheres e filhos bradam por pão ; queremos cevá-los com carne da aristocracia . Vamos ! Mata os que não tem casaco esburacado ! Todos – Mata! Mata! . (Buchner , Georg . A Morte de Danton . Quadros Dramáticos da época do Terror na França. Trad. Mário da Silva . Clássicos de Bolso , Ed. Tecnoprint AS s/d. )

24. “(...) O que é um homem privado dos direitos de cidadão ativo nas colônias , sob o dominação dos Brancos ? É um homem que não pode deliberar de nenhuma maneira, que não pode influir , nem direta, nem indiretamente sobre os interesses que mais lhe tocam , os mais sagrados da sociedade da qual faz parte . ; é um homem que é governado por magistrados em cujas escolhas ele não pode influir de nenhuma maneira , por leis, por regulamentos, por atos de administração, pesando sobre ele, sem fazer uso do direito que pertence a todo cidadão de influir nas convenções sociais , no que concerne a seu interesse particular “ .

(Declaração de Robespierre à Assembléia Constituinte 24/09/1791. Citado por BONNOURE, P e outros . Documents d’histoire vivants de la antiquité a nos jours . Dossier V (1789-1851) . Fiche 9 Paris .Editions Sociales ).

25. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA REVOLUÇÃO

"Os cidadãos de aparência pobre e que em outros tempos não se atreveriam a apresentar-se em lugares reservados a pessoas elegantes , passeavam agora nos mesmos locais que os ricos , de cabeça erguida " ( Albert Soboul . Os sans-cullottes de Paris .

26.

27. PERÍODO NAPOLEÔNICO

28. “O gênio saíra da garrafa e passaram-se mais de quinze anos até que a Europa o colocasse lá dentro novamente . E mais, apesar de sua incrível energia , sua coragem e poder de decisão , sua diligência, sua fantástica memória e da quase incomparável largueza e rapidez de seu raciocínio, foi uma verdadeira tragédia para a França e para o mundo que o 18 Brumário tivesse sido bem sucedido “ . ( D.J. Goodspeed , Baionetas em Sain-Cloud).

29. “Pode-se dizer, neste sentido que, havendo consolidado certas aquisições da Revolução Francesa, Bonaparte deu uma orientação burguesa ao Estado Francês . Importa, porém, que não venhamos a nos tornar prisioneiros das nossas próprias definições, acabando por exagerar o seu alcance . A evolução das idéias da sociedade francesa não foi condicionada por uma mudança significativa no equilíbrio das forças econômicas . As guerras da Revolução e de Bonaparte protegeram a indústria francesa da concorrência da Inglaterra, mas à custa das matérias primas importadas dos mercados de além mar “ ( HAMPSON – A Primeira Revolução Européia )





REVOLUÇÃO DE 1848 NA FRANÇA



A Revolução de Fevereiro havia expelido o exército de Paris. A Guarda Nacional, isto é, a burguesia nas suas diferentes gradações, constituía a única força armada. Contudo, não se sentia bastante forte para enfrentar sozinha o proletariado. Ademais, fôra constrangida, embora depois da mais tenaz resistência e de opor cem obstáculos diferentes, a abrir pouco a pouco as suas fileiras, deixando que nelas ingressassem proletários armados. Não restava, portanto, senão uma saída: opor uma parte dos proletários à outra. O Governo Provisório formou com esse fim 24 batalhões de Guardas Móveis, de mil homens cada um, integrados por jovens de 15 a 20 anos. Pertenciam na sua maior parte ao lumpem-proletariado.(Karl Marx, Lutas de Classes na França de 1848 a 1850.)

As duas principais tendências políticas que se dividiam e se enfrentavam no Governo Provisório eram os liberais burgueses e os socialistas

O lumpem-proletariado de que fala Marx era formado por Indivíduos originários das camadas populares, mas que não se inserem no proletariado, por motivos diversos. Conseqüentemente, acabam servindo aos interesses da burguesia como agentes da regressão, sem consciência de sua própria condição social.



COMUNA DE PARIS

"Formaram-se cortejos de prisioneiros em Versalhes e as elegantes vieram cuspir neles .Um coronel se torcia : " É um pedreiro que quer governar a França" . os reis e os aristocratas riam assim outrora das pretensões da burguesia , das suas lojas do seu comércio , das suas cóleras . Este coronel não supunha que vinha de enunciar toda a questão social resumindo a história do país - história dolorosa da ascensão sucessiva das classes ao poder" ( Ribard, ª História do povo francês . SP. Brasiliense , 1952, p. 263) .

CAPITALISMO MONOPOLISTA

"(...) O monopólio nasceu da concentração da produção , tendo atingido um elevado grau de desenvolvimento . Surgiram então grupos monopolistas e capitalistas - os cartéis, os sindicatos patronais, os trustes .(...) No começo do século XX , eles adquiriram uma supremacia total nos países evoluídos " . Lênin. V.H. Imperialismo ,fase superior do capitalismo . SP, Global , 1985 .

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