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Artigos-->Capitalismo x Socialismo: qual é o vilão da História? -- 03/10/2001 - 12:51 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi Marx quem disse que a História é uma moeda de dois lados: tragédia e farsa?



Pois bem, segundo os amantes do pensamento liberal, todos os homens que morreram pelas mãos de comunistas, foram objetos de uma farsa. Nela, os homens que morreram por combater o comunismo se transformaram em joguete, atores-fantoches manipulados por quem decidiu escrever o roteiro da História como se escrevesse um filme. O título seria: “A Humanidade Não Pode Caminhar Desse Jeito.”



E os diretores, também roteiristas, decidiram que o atores que fariam o papel de bandidos nessa História seriam os capitalistas, os ricos que exploram os pobres até as últimas conseqüências apenas pra manter seus privilégios materiais - aos pobres nada resta no enredo senão a morte por inanição, frio ou outra doença que só os pobres têm, como tifo ou tuberculose. O comunismo seria, então, a grande farsa montada por intelectuais igualmente falsos, ou desonestos em suas intenções, que sabiam impossível realizar o sonho de homens iguais numa sociedade justa.



A troco de que esses homens resolveram mentir e morrer crendo numa mentira que eles próprios criaram? Talvez a explicação dos liberais seja que a posteridade reconhecida e cultuada, a exemplo de Che Guevara, atraia muito mais a alguns homens de intelecto do que as muitas riquezas. Ser herói pelo povo é melhor do que ser um tirano contra ele. Ao invés de reis, preferiram ser súditos. Sua coroa não seria a fortuna, mas a fama e a honra. Eles não queriam o sangue do povo, ainda que admitissem derramar sangue em favor do povo. Os que morreram por odiar o socialismo, dizem os liberais, foram as maiores vítimas dessa farsa montada, cujo essência está agora sendo revelada com o triunfo incontestável do liberalismo.



A tragédia da História, para os socialistas, é que o capitalismo anunciado como a redenção da humanidade, sendo esse o único ponto de convergência entre uma e outra visão de mundo, não mostrou se mostrou verdadeiro, pelo contrário, revelando-se um modo perverso e eficaz, ainda que insidioso, de exterminar milhões de vidas pela miséria absoluta que priva homens, mulheres e crianças dos mais elementares recursos necessários para a manutenção da existência material.



A riqueza material que determina que países sejam prósperos e poderosos, ao passo que a falta dela determina a existência de nações paupérrimas, com população faminta e doente, compara-se a um lençol muito pequeno em relação ao corpo que pretende proteger: se cobre a cabeça deixa o à mostra os pés, e o contrário. Nesse momento da História, somente existem nações ricas porque há nações pobres. Se há muito dinheiro circulando nesses países, é porque há pouco ou nenhum nos demais. É questão simples de matemática que os primeiros socialistas utópicos já elaboravam: “a riqueza nasce da pobreza.”



Os intelectuais socialistas e os que defendem o capitalismo, cada lado submetido aos padrões de pensamento e convicções desde muito estabelecidos, certamente admitirão que a História da Humanidade tem sido caracterizada por tragédias e farsas, sendo que cada lado atribui ao outro o papel de sujeitos nos acontecimentos que as ensejam.



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