Usina de Letras
Usina de Letras
158 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62268 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50658)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6204)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->APENAS UM POEMA -- 09/03/2002 - 19:46 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
APENAS UM POEMA

J.B.Xavier





Jamais sequer conhecerás minhas dores,

Nem meus desamparos serão o teu prelúdio!

Nada sabes de beijos apaixonados

Como nada sabes de cicatrizes...

Precisas ir à guerra do amor,

E amar verdadeiramente,

Para conhecer seus matizes...

Precisas ir

Lá onde a alma não é apenas arranhada,

Mas despedaçada numa elegia triste e inevitável!

Não concluas nada por mim,

Nem me fales de saudade, ainda que breve!

Não desterres teu coração,

Acusando-me de deserção,

Antes, atenta para o perfume de um beijo

Incendiado de desejo

Por sentir-me em ti,

Te possuindo a alma, te triturando a vontade

De resistir...

Nada há de cruel em amar intensamente,

Como ama um brinquedo o menino,

Nada há a ignorar, menos ainda o destino

De uma espera que irá ao fim da eternidade,

E que, sim, sobreviverá aos sentidos!

Não há trilhas erradas,

O que há, são trilhas mal trilhadas,

Que soterram passos vacilantes

Entre o amor liberto e o angustiante...

Não renunciarei jamais ao prazer que renuncias

O de me batizar em outras pias

Onde a benta água é á renúncia que repudias...

Trago dores, sim, mas trago amores fiéis,

Cultivados com vínculos de sangue

Não me peças um amor que não sei dar,

Nem desejo que encontres minhas saídas

Dos labirintos em que prazerosamente me embrenho,

Prefiro formas menos estranhas de sentir,

A discursar sobre o que não posso cumprir

Nunca me foi dado desistir,

E eu já persistia, antes do teu existir.

Nunca soube pedir clemência, por isso,

Exorcizo a impotência da vontade,

O discurso patético,

Vazio, por ser apenas um exercício dialético...

Não tenho palavras porejando, à espreita...

Ainda que seja este um grito confinado

Nem caminho por subterrâneos do coração,

Sou ação! E sou também fidelidade

A um sonho que teu sentir não alcança

Talvez, porque quando sonhado

Tu eras apenas uma criança...!





* * *
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui