Coube-nos, por honra dos mentores da “Escolinha de Evangelização”, elaborar sua primeira mensagem em forma de romance. Não quisemos, no entanto, preocupar-nos demasiado com a verossimilhança dos sucessos no âmbito terrestre, uma vez que nos empenhamos, sobremodo, em transmitir os eventos de caráter espiritual, relativos a cada atitude ou atividade dos encarnados. Para a ficção pura e simples, podem os amigos recorrer a inúmeras obras realizadas pelos irmãos escritores, com muito maior brilho e acuidade literária.
Por outro lado, também não podemos aproximar-nos demasiado da realidade factual, porque não estamos investidos do poder de revelar a verdadeira história dos facínoras, para não envolver as pessoas responsáveis pela editoração, principalmente o médium, em problemas subjetivos dos criminosos, que poderiam ficar temerosos de estarem sendo espionados e delatados por quem deveria, como se lerá no entrecho, atendê-los e salvá-los para Jesus.
Esperando ter complementado o trabalho com precisas informações a respeito do que o plano espiritual superior está sugerindo, para recuperação dos que se espojam no lodaçal dos vícios e dos crimes, bem como sobre quais as tarefas mais urgentes das equipes socorristas nos dois planos da realidade, auguramos aos amigos feliz leitura e proveitosas reflexões. Que esta pequena incursão nos meandros psicológicos e espirituais dos criminosos possa servir-lhes de estímulo para encaminharem seus objetivos de vida para o amor de Deus.
Que o Pai se apiade de todos nós e nos envolva com seu manto de bênçãos!
Equipe da Vida.
Estendeu-se o período de psicografia de 19.7 a 13.9.9l, tendo a transcrição das mensagens respeitado integralmente a ordem cronológica, o que significa dizer que a estrutura da obra se manteve intacta.
Em mensagem pessoal ao escrevente, o grupo definiu algumas diretrizes do trabalho que julgamos úteis transcrever, à vista de possíveis perquirições de caráter metodológico. Ei-las:
Quanto à definição dos termos, hemos por bem não imprimir à escritura teor exageradamente literário, obra de divulgação espírita que pretendemos junto às pessoas que se vêem tomadas pelas ânsias da dominação a quem se costuma chamar de criminosos.
Não sabemos qual poderá vir a ser a reação dos encarcerados nas malhas da malignidade, diante da tentativa de preveni-los de suas próprias ações, mas, certamente, não aceitariam texto que não fossem capazes de compreender. Por isso é que o vocabulário se apresenta bem possível de intelecção. Por outro lado, não incentivamos demasiado o uso da terminologia própria da marginalidade, porque extremamente volúvel, sendo que a intenção é a de que a história de Alfredo sirva, durante algum tempo, de paradigma para a humanidade em débito com a divina justiça.
Queira Deus que este esforço do plano espiritual venha a repercutir de modo saudável no ânimo dos amigos leitores. Oremos para que assim aconteça.
ÍNDICE
Nota explicativa
1. O cartorário infeliz
2. A carta
3. De volta à capital
4. Facécia levada a sério
5. O encontro, finalmente
6. Josineida
7. Papel de amigo
8. Página de amor
9. Congraçamento, afinal
10. Carlos em campo
11. O drama de Marcos
12. O trespasse de Marcos
13. A pequena Ângela
14. Entreato
15. O mundo de Alfredo
16. Separação
17. Em terras paraguaias
18. A assistência a Marcos
19. A tarefa de Josineida
20. Ângela e Criseide
21. Atropelo no etéreo
22. Repercussões do desastre entre os encarnados
23. A organização criminosa
24. A família reunida
25. Os filhos de Carlos
26. Pesquisas
27. Alfredo
28. Aproximação, finalmente
29. O primeiro diálogo entre Carlos e Alfredo
30. As primeiras dores
31. Virgílio em campo
32. Uma noite bem dormida
33. Virgílio é chamado
34. O segundo encontro entre Carlos e Alfredo
35. Revelações
36. Desgraças
37. Preocupações íntimas
38. Jesualdo
39. Nas horas de sono
40. Diálogo impossível
41. Progressos
42. Carreira tardia
43. Redenção
Epílogo
